A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, pode suavizar as rugas, amenizar as linhas de expressão e fazer com que a mulher pareça mais jovem. Mas alguns efeitos não tão superficiais também podem ocorrer.
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Um novo estudo publicado na revista Psychological Science mostra que, ao paralisar os músculos que controlam a raiva e a alegria, como os da boca ou das sobrancelhas, há um curto-circuito na percepção das emoções dos outros.
No tratamento cosmético, o médico injeta a toxina botulínica embaixo da pele. A toxina paralisa os músculos faciais, deixando a pessoa com a aparência de ter menos rugas. Esta paralisia, no entanto, parece interferir num processo do cérebro, em que sorrir alimenta a felicidade e enrijecer-se multiplica a tristeza.
– Bloquear as emoções de uma pessoa parece interferir na capacidade dela de ler as emoções dos outros – explica o autor do estudo, o psicólogo David Havas, da Universidade de Wisconsin-Madison.
Havas estudou 40 pacientes injetados com botox antes e depois do tratamento e em situações em que estavam felizes e tristes. Eles tiveram que apertar um botão indicando se tinham entendido que emoção o texto transmitia. Os resultados mostraram que os pacientes que se submeteram ao tratamento demoraram um tempo maior para entender as mensagens relativas à raiva e à tristeza. Apesar de o tempo ter sido considerado curto, a falta de reação à emoção dos outros pode ser mal-interpretada.
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