As injeções de toxina botulínica são um recurso estético adotado cada vez mais cedo por quem quer manter uma expressão jovem. Elas têm o poder de apagar linhas de expressão, vincos e pés de galinha que invariavelmente aparecem com o tempo e acabam revelando a idade. Também são usadas para levantar a ponta do nariz e arquear as sobrancelhas, tornando o olhar mais atraente.

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Mas o que fazer quando só o Botox não resolve o problema do olhar cansado? Na opinião do cirurgião plástico Dr. Vitorio Maddarena, dependendo do tipo de pele, das condições gerais do paciente e até mesmo da expectativa individual, a blefaroplastia (cirurgia plástica palpebral) é o recurso mais indicado para remover o excesso de pele da pálpebra superior, eliminar aqueles bolsões de gordura e líquido que se acumulam sob os olhos, e inclusive corrigir alterações na margem palpebral (que dá impressão de olho caído).

Trata-se de um procedimento que pode ser complementado pelo Botox, já que é utilizado para corrigir a volumetria, enquanto a toxina botulínica é usada para corrigir a movimentação excessiva, a dinâmica facial.

– Na blefaroplastia tradicional, a incisão geralmente é feita bem rente à linha dos cílios inferiores. Já na pálpebra superior, coincide com a prega que se forma quando estamos de olhos abertos. Recentemente incorporamos o uso do laser nesse procedimento, viabilizando cortes internos por via transconjuntival que não deixam nenhuma cicatriz aparente. No pós-operatório, compressas de gaze embebidas em água mineral fria garantem alívio nos dias seguintes, sendo que o resultado pode ser conferido entre 10 e 15 dias depois – diz Maddarena.

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De acordo com o especialista, a blefaroplastia também pode ser associada ao lifting de supercílio ou ao preenchimento com ácido hialurônico em toda região dos olhos e sobrancelhas (periorbitária).

– Com o tempo, a pessoa às vezes acaba adquirindo uma aparência cansada ou até mesmo carrancuda. A blefaroplastia pode contribuir muito para a pessoa voltar a ter uma expressão facial jovem e saudável. Até mesmo a disposição física e emocional costuma se apresentar mais dinâmica com o rejuvenescimento da expressão facial.

O cirurgião plástico explica que o olho é uma esfera do tamanho de uma bola de pingue-pongue apoiada sobre cinco bolsas de gordura: duas em cima e três embaixo. Com o passar do tempo, essas bolsas escorregam para frente, formando a papada (ou bolsões).

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– A cirurgia tradicional simplesmente retira a parte que escorregou. De início, o resultado é bom. Mas após alguns anos esse volume removido poderá fazer falta, deixando o estigma de olho operado justamente pela falta de volume – já que o problema não era excesso e sim malposicionamento das bolsas palpebrais. Quando é feito o reposicionamento, o resultado é mais natural, além de proporcionar um pós-operatório mais suave, com recuperação mais rápida – esclarece.

Além de ser uma ótima opção para as mulheres com mais de 40 anos, o cirurgião afirma que a blefaroplastia é um dos procedimentos mais realizados em pacientes do sexo masculino nos últimos anos. Basta reparar como, apesar de mais velhos, os políticos José Serra, Eduardo Suplicy, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso parecem mais jovens hoje em dia do que há dez anos.