O número de botos-cinzas encontrados mortos em praias do Litoral Norte de Santa Catarina assustou a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Univille. Em um mês, foram quatro casos. A espécie está ameaçada de extinção no Estado, ressaltou o projeto.

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“É chocante e causa muita revolta e tristeza”, começa a publicação do PMP nas redes sociais para informar sobre o levantamento. Entre os motivos já identificados das mortes estão a fome e afogamento causados por ação humana. No período analisado, entre o começo de abril e este mês, quatro botos foram encontrados em praias de São Francisco do Sul e Itapoá.

O primeiro foi visto por um pescador, que encontrou o animal boiando na baía Babitonga e o levou até o bairro Laranjeiras, em São Francisco do Sul. Os veterinários identificaram que o mamífero morreu afogado por ter ficado preso em uma rede de pesca.

O segundo óbito foi constatado na Praia do Capri, também em São Francisco do Sul. O animal estava doente. O terceiro e mais impactante caso na visão dos técnicos foi de um boto fêmea que tinha um lacre de plástico em formato de argola ao redor do rosto.

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Ela estava na Praia de Pontal, em Itapoá. Sem conseguir abrir a boca, morreu de fome. Esse objeto normalmente é usado para vedar garrafas, mas foi parar dentro do mar.

O quarto boto estava na Praia Grande, em São Francisco do Sul, mas o avançado estado de decomposição impediu a identificação da causa da morte. Mesmo assim, em todos os episódios a equipe técnica coletou amostras biológicas para exames complementares.

“Infelizmente cenas como estas estão se tornando cada vez mais frequentes nas praias de todo o mundo e aqui no Litoral Norte catarinense o cenário não é diferente”, lamentou o órgão.

O Sotalia guianensis, como é chamada a espécie, é considerada vulnerável pelo Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas do ICMBio.

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