A fase do Botafogo realmente não é das melhores. Fazendo uma campanha irregular no Brasileirão, o time carioca foi a La Plata, na Argentina, nesta terça-feira, encarando a Copa Sul-Americana como salvação para a temporada. A derrota por 2 a 0 para o Estudiantes, porém, não foi o que a equipe imaginava para a primeira partida das quartas-de-final.
Continua depois da publicidade
Com o resultado negativo, o time terá que vencer por 2 a 0 no Rio de Janeiro para levar a decisão para os pênaltis, ou ganhar por uma diferença maior do que dois gols para enfrentar o vencedor do confronto entre Palmeiras e Argentinos Juniors nas semifinais.
A partida de volta contra o Estudiantes está marcada para o dia 5 de novembro, uma quarta-feira, no Engenhão.
O Botafogo começou o jogo em La Plata atrás, esperando que o Estudiantes tomasse a atitude de atacar. Os contragolpes pareciam ser a estratégia do técnico Ney Franco para marcar gols na Argentina.
Desta forma, a equipe carioca conseguiu se defender nos primeiros minutos, mesmo que de forma atrapalhada. Centrado na qualidade do veterano volante Verón, de 33 anos, o time argentino custava a criar boas jogadas, apesar de envolver o Botafogo, que se ressentia da ausência de Lúcio Flávio e Carlos Alberto.
Continua depois da publicidade
Logo aos cinco minutos, o time argentino conseguiu fazer pressão na área do Botafogo. Em meio à confusão, Castillo fez uma importante defesa.
Aos 15, o Botafogo chegou pela primeira vez, quando o time trocou passes e encontrou Túlio livre na frente da área argentina. O volante tentou o chute, mas acabou saindo fraco, facilitando a defesa de Andujar. Três minutos depois, pareciam que as coisas ficariam mais fáceis para o clube brasileiro.
O zagueiro Alayes deu um carrinho por trás em Wellington Paulista e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso na seqüência.
A superioridade numérica, no entanto, não resultou na melhora do time carioca. Ao contrário, o Estudiantes continuava dominando a partida, e só não abria o placar porque ainda parecia desencontrado em campo.
Continua depois da publicidade
Aos 45 minutos, o Botafogo se aproveitou do nervosismo da equipe argentina e teve a chance mais clara de inaugurar o marcador no primeiro tempo. Verón bobeou e Zé Carlos conseguiu tocar na bola, que sobrou para Jorge Henrique.
O jogador foi esperto e tocou rápido para Wellington Paulista, que avançou para ficar cara a cara com o goleiro. O atacante preferiu o drible em cima de Andujar e teve que chutar de esquerda. O arremate foi cruzado e acabou saindo pela linha de fundo.
No retorno para a etapa final, o Estudiantes voltou determinado a conseguir a vitória. Com Verón como maestro, o time argentino foi para cima e não demorou a encontrar o gol. Mesmo com um menos, Boselli fez 1 a 0 aos 12 minutos.
Em cobrança de escanteio, o goleiro Castillo falhou feio e não achou nada na saída. Na sobra, na segunda trave, o atacante argentino só escorou para o gol vazio.
Continua depois da publicidade
Quando o técnico Ney Franco decidiu mandar o Botafogo para o ataque, colocando Zárate no lugar de Diguinho, o volante Verón desequilibrou a partida de vez. O time carioca fez falta na lateral e ficou desatento na cobrança. O argentino avançou e resolveu arriscar de longe, acertando um chute indefensável, com muita força, aos 17 minutos da etapa final.
Apenas dois minutos depois, o nervosismo tomou conta da equipe carioca. Túlio insistiu na reclamação com o árbitro e acabou sendo expulso.
Ironicamente, após a exclusão do volante o Botafogo melhorou. A equipe até chegou a ameaçar o Estudiantes, buscando um gol que facilitaria muito as coisas no Engenhão, no jogo de volta, mas não obteve sucesso.