Mesmo sem ter uma grande atuação no jogo de volta, o Botafogo avançou na Copa do Brasil. Jogando no Engenhão, na noite desta quarta-feira, o Alvinegro empatou em 0 a 0 com o Guarani, e se classificou para as oitavas de final da competição. No primeiro jogo, vitória do Glorioso por 2 a 1.
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A performance do Botafogo foi, no geral, fraca. O time teve poucas chances de gol, errou muitos passes, e chegou até mesmo a sofrer algum sufoco por parte do time paulista. A torcida, que novamente compareceu em número baixo ao Engenhão, não gostou da atuação do time, e voltou a vaiar os jogadores. Na próxima fase, o Botafogo enfrenta o Vitória.
O Jogo
A primeira etapa parecia que ia ser de poucas emoções no Engenhão. Precisando da vitória, o Guarani tentava atacar, mas não era páreo para a defesa do Botafogo. Apenas um chute a gol de Danilo Sacramento, para os bugrinos, levou algum perigo para o goleiro Jefferson.
Mesmo sem Loco na grande área, o Botafogo levou mais perigo justamente nos cruzamentos. Elkeson e Márcio Azevedo lançaram bolas na área, mas a defesa do Guarani soube trabalhar bem em todos os momentos. No toque de bola, o Alvinegro até tentava sair em contra-ataque, mas também não tinha consistência.
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Até que o Bugre resolveu sair para o jogo. Primeiro, o lateral-direito Oziel, ex-Botafogo, cruzou bola na área, mas ela passou por todo mundo sem que ninguém do Guarani lhe tocasse. Depois, o mesmo Oziel tentou cruzar e quase surpreendeu o goleiro Jefferson: a bola acertou o travessão com o arqueiro quase imóvel.
No fim do primeiro tempo, o Botafogo até que esteve muito perto do alívio, mas falhou quando teve a chance. Fellype Gabriel ganhou da defesa e cabeceou na trave. Na sobra, Herrera dominou, deixou a zaga no chão e, com a defesa batida, chutou para fora. Chance inacreditável perdida para o Botafogo, antes do intervalo.
Ruídos com a torcida
Se a partida era dramática para o Guarani, foi a torcida do Botafogo quem passou a não gostar nada do que via. O Alvinegro chegava, mas não conseguia concluir. Nos primeiros minutos, é verdade, o jogo seguiu sem inspiração, mas as oportunidades começariam a surgir já perto da metade da segunda etapa.
Primeiro, foi Herrera quem chutou da esquerda, e Elkeson teve a chance, mas Neto cortou. Depois, Herrera escapou de Oziel, mas acabou travado legalmente por Domingos. Apesar dos apelos por pênalti, a arbitragem nada marcou. Aos 26, um lance polêmico: Bruno Recife cruzou para Ronaldo, que cabeceou para o gol, e Jefferson pegou no reflexo. A arbitragem marcou impedimento, mas Ronaldo estava atrás da zaga alvinegra na hora do passe.
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E, mesmo sem Loco Abreu, o Botafogo ficava refém, muitas vezes, do chutão para frente. Confiando nos erros de comunicação entre os zagueiros Neto e Domingos, a equipe tentava chegar à frente com Elkeson e Fellype Gabriel. Mas a força dos defensores bugrinos fazia a diferença.
Já nos minutos finais, Maicosuel entrou em campo no lugar de Andrezinho. O camisa 10 saiu vaiado, mas o atacante Herrera intercedeu pedindo aplausos, e a torcida atendeu. Por sua vez, o Mago teve boa atuação, indo sempre para cima da zaga, embora não tenha sido produtivo, assim como o restante da equipe.
No fim, Oswaldo de Oliveira ouviu gritos de “burro”, por colocar o zagueiro Brinner no lugar de Elkeson, para segurar o resultado. A torcida, mais uma vez, ficou insatisfeita, mas segue esperançosa com o avanço alvinegro na Copa do Brasil.