Foi sofrido como é de praxe a Copa do Brasil para o Botafogo. Após levar o gol de empate nos instantes finais na Paraíba, o Glorioso voltou a se igualar com o Treze em 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Engenhão. O resultado levou a vaga na segunda fase para os pênaltis, nos quais a classificação botafoguense veio após vitória por 3 a 2, com Loco Abreu perdendo pênalti novamente na temporada e Jefferson defendendo uma abusada cavadinha.

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Emoções não faltaram e só é o início da competição. A sofrida vitória nos pênaltis lembrou a última edição da Copa do Brasil, na qual o Botafogo deixou para trás o River Plate (SE), também nas cobranças de penalidades e na mesma fase, no Rio. Com o resultado, o Fogão enfrenta o Guarani entre os dias 4 e 18 de abril.

Com a necessidade de virar o jogo já no começo – o 1 a 1 levaria aos pênaltis -, o Botafogo passou ao ataque. Dos pés de Herrera, saiu uma boa chance, que gerou escanteio. Mas o lance mais inusitado do jogo ocorreu depois disso. Renato chutou e a bola bateu em Fellype Gabriel, que tentou fugir da bola. Depois, Antônio Carlos também bateu e Fellype voltou a ser atingido.

Não tardou, porém, para que o Botafogo igualasse o placar. Aos 21 minutos, Renato cobrou falta na área, Loco Abreu se adiantou ao goleiro Beto, que saiu mal do gol, e desviou para marcar o gol de empate. Com o tento, Abreu também voltou às redes depois de 280 minutos – não marcava desde a vitória sobre o Bonsucesso, pelo Carioca.

O Treze, com espaço para jogar, tocava bem a bola. O vão entre a defesa e o meio-campo do Botafogo deixava os paraibanos avançarem no campo, mas a equipe errava bastante nos últimos toques e tinha a pontaria ruim.

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Apesar da pressão rival, o Bota ainda perdeu a chance de virar com Herrera, que chutou em cima de Beto, depois de cruzamento de Fellype Gabriel. Depois das vaias do primeiro tempo, o Botafogo voltou dos vestiários com Jobson no lugar de Herrera. Mas a apreensão da torcida seguiu.

Logo aos quatro minutos, Carlos Alberto correu, passou por Marcelo Mattos e chutou cruzado, a centímetros da trave botafoguense. Apesar do susto, o Botafogo era melhor no jogo. Os alvinegros tiveram uma grande chance de virar o jogo aos 20 minutos. Fellype Gabriel ajeitou, de cabeça e Loco Abreu testou no canto esquerdo de Beto, que se esticou todo para fazer uma excelente defesa, jogando a bola a escanteio. Na sequência, Loco cruzou e Antônio Carlos perdeu um gol incrível, na pequena área.

Aos 27, Loco Abreu ficou sozinho diante do goleiro Beto, mas o goleiro novamente entrou em ação e evitou a virada alvinegra. A torcida botafoguense, que já não vinha muito paciente, quase entrou em desespero com mais uma chance perdida pelo Alvinegro. A bola não queria entrar de jeito nenhum.

O último terço do segundo tempo foi marcado pela substituição de Fellype Gabriel por Caio, no Botafogo, e a expulsão de Carlos Alberto, do Treze, que recebeu o segundo cartão amarelo. Já em seguida, mais uma alteração ofensiva do Botafogo, com Felipe Menezes entrando no lugar de Marcelo Mattos. O volante botafoguense, porém, deixou o gramado bastante tonto, já que chocou-se de cabeça com o trezeano Léo Rocha.

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Houve até tempo para um amarelo a Jobson, por simulação de pênalti, e Antônio Carlos cair com dores no braço direito, assustando a torcida. Mesmo com a vantagem numérica, o Botafogo não conseguiu transformar isso no gol da virada. Os pênaltis foram o último ato de uma partida sofrida, especialmente para os torcedores que compareceram ao Engenhão.

A primeira cobrança foi do Botafogo. Andrezinho bateu e converteu. Em seguida, foi a vez de Rone Dias cobrar pelo Treze, mas o meia acertou a trave, até com alguma displicência, embora tenha deslocado o goleiro Jefferson.

Depois, Antônio Carlos bateu pelo Alvinegro, balançando a rede. Thiago Cunha, em seguida, fez o primeiro dos paraibanos.

Felipe Menezes cobrou o terceiro pênalti, colocando a bola no canto. Neto Maranhão bateu no meio gol, diminuindo para 3 a 2. Renato foi para a quarta cobrança botafoguense, mas o goleiro Beto, destaque do jogo, fez a defesa.

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Quando os torcedores do Botafogo já maldiziam o erro, o zagueiro Anderson, do Treze, bateu muito mal, e acertou a trave. A decisão da vaga ficou para os pés do uruguaio Loco Abreu, que já havia perdido uma cobrança decisiva na semifinal da Taça Guanabara contra o Fluminense. O camisa 13 não fez a famosa cavadinha, mas também não fez as pazes com a marca da cal. Batendo no meio, Beto fez a defesa com os pés.

A última bola ficou com Léo Rocha, do Treze. A cavadinha foi do meio-campista da equipe trezeana, mas até com muita displicência, o jogador bateu para fácil defesa de Jefferson. Mesmo com a sofrida vitória e a classificação, os jogadores alvinegros saíram vaiados do Engenhão.