O tempo é o senhor da razão e para o Botafogo pode ser um santo remédio. E nada melhor do que uma semana intensa de trabalho para exorcizar o fantasma que rondou a equipe na partida de estreia na Copa do Brasil, em Aracaju. A derrota para o River Plate (SE) serviu para a cúpula alvinegra enxergar algumas fragilidades da equipe e, por isso, aprimorar o condicionamento é a palavra de ordem neste momento.

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Depois de cortar a folga de domingo, a diretoria programou uma reunião entre jogadores e comissão técnica antes do treinamento desta sexta, em General Severiano. Além disso, o grupo só descansará no Domingo de Carnaval. Tudo para espantar o vendaval causado pela fraca exibição do time no torneio nacional.

– A responsabilidade é do departamento de futebol. É do comando. Claro que todos têm a sua parcela de culpa. Esta reunião vai servir para conversarmos com os jogadores e vermos o que pode ser melhorado – declarou o gerente de futebol, Anderson Barros.

Um ponto vital tocado pelo dirigente é o fato de a equipe vir oscilando entre um jogo e outro. Depois de boas atuações contra a dupla Fla-Flu, a equipe não manteve o ritmo diante de um adversário frágil.

– O que precisa ser mudado é essa oscilação do time. Precisamos buscar um equilíbrio. Não pode o time jogar bem contra os grandes e, logo em seguida, ser derrotado pelo River Plate, com todo o respeito – afirmou Anderson.

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As fortes palavras do dirigente ganharam respaldo do chefe maior do Botafogo. O presidente Mauricio Assumpção fez questão de apoiar o subordinado e mandou um recado ao grupo:

– Os jogadores precisam entender que, se os resultados não surgem, eles mesmos perdem. A visibilidade diminui. Tudo piora – adirmou o mandatário alvinegro.

Sem mudanças à vista

O técnico Joel Santana pediu, mas não deve ser atendido. Não há por parte da diretoria alvinegra qualquer movimento em busca de reforços. Pelo menos até o fim do Estadual, no momento em que uma avaliação do trabalho será feita, o gerente de futebol Anderson Barros garantiu que as mudanças só devem ocorrer dentro de campo.

– Não há jogador em vista. Temos um caminho que precisa ser seguido. Claro que não existe elenco fechado e que no futebol tudo pode acontecer. Mas o nosso desejo é manter a mesma linha de pensamento – disse ele.

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Depois da indignação pelo revés, o dirigente fez questão de mostrar apoio ao elenco. Considerou ainda que a equipe tem tudo para rever a situação, independentemente de mudanças drásticas.

– Só não buscaremos um jogador porque considero o nosso elenco forte – afirmou.