A situação política dos Bálcãs causará uma circunstância mais do que curiosa na partida da próxima quarta, dia 12, entre Sérvia e Montenegro e Bósnia-Herzegovina, em Belgrado: a metade da população bósnia torcerá pelos sérvios, o que ilustra a realidade política vivida na região, segundo informações do site Globoesporte.com.

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Na decisiva partida, a Bósnia-Herzegovina deve bater a Sérvia para se classificar. As duas seleções estão na chave 7 das eliminatórias européias.

Segundo o acordo de Dayton, que completou 10 anos recentemente, a Bósnia-Herzegovina está formada por duas entidades, Federação (muçulmanos e croatas) e Republica da Sérvia (sérvios que vivem em 49% do território da Bósnia-Herzegovina, com Banjaluka como capital).

Este âmbito geográfico-político causará uma situação inédita: cidadãos de um mesmo país terão preferências opostas na partida em Belgrado, já que os bósnios de origem muçulmana e croata estarão com a seleção de seu país, enquanto os bósnios de origem sérvia apoiarão seus compatriotas de origem, representados pela equipe de Sérvia e Montenegro.

A situação é muito incomum, e chega ao ponto de dois jogadores que vestem a camisa da Sérvia e Montenegro, Savo Milosevic e Ognjen Koroman, serem servo-bósnios e terem suas famílias vivendo na Bósnia-Herzegovina, mas acabarem optando pela seleção de Sérvia e Montenegro.

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Por outro lado, Bajic, jogador do Partizan Belgrado, optou pela seleção da Bósnia-Herzegovina.