Em uma semana três animais foram capturados na capital, dois em casas, e outro foi parar na praia de Canasvieiras. A chuvarada da semana passada pode ser uma das explicações pro aumento das ocorrências envolvendo o aparecimento de jacarés na área urbana de Florianópolis.

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O primeiro tenente do Corpo de Bombeiros, Felipe Pires explica que, com a chuva, muitos animais foram levados pela correnteza ou procuraram abrigo.

— Isso pode ser devido às chuvas porque o mangue e os rios ficaram com volume acima do normal de água. Nós recebemos 50 chamados. De fato atendemos de 15 a 20 porque muitos se referiam ao mesmo animal. Desses, três foram capturados. É um número bem acima do normal: por mês a gente recebe uma chamada ou outra desse tipo — explicou o tenente.

O último caso foi na segunda-feira, no bairro Pantanal. Os bombeiros foram chamados pra capturar um animal adulto, com mais de 1 metro, que apareceu no pátio de uma casa.

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O analista ambiental do Ibama, Alessandro de Souza Queiroz, explica que nesses casos os animais costumam também percorrer a rede pluvial, da água da chuva. Alessandro explica ainda que os jacarés de Florianópolis são da espécie papo amarelo, que como qualquer réptil podem ser agressivos ao se sentirem ameaçados.

Nenhuma pesquisa comprova o aumento populacional dos jacarés na capital, mas o Ibama acredita que isso esteja acontecendo sim, e tem até uma explicação pra isso.

— Percebe-se que os predadores naturais que poderiam interagir com essa espécie de jacarés estão cada vez menos presentes, as garças, por exemplo, que seriam predadores dos ovos e filhotes de jacarés, vemos muito menos garças. O que talvez tenha a ver também com o tráfico de fauna dentro da ilha que introduziu os saguis em Florianópolis. O sagui se alimenta dos ovos das garças. Tudo isso pode ter contribuído pra um desequilíbrio — acredita Queiroz.

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O Ibama ressalta, ainda, que mesmo parecendo dócil, o jacaré é um réptil de comportamento agressivo e pode atacar se se sentir ameaçado.

Os bombeiros orientam que a qualquer aparecimento desses animais em casa ou nas ruas é preciso sim acionar os órgãos ambientais.

As informações são da NSC TV

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