Bombeiros do setor de Atividade Técnica do 13º Batalhão, em Balneário Camboriú, começaram ontem a verificar as denúncias recebidas desde domingo, quando a tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria (RS), fez dobrar os pedidos de investigação. A maioria diz respeito a suspeitas de irregularidades no sistema de prevenção contra incêndios em edifícios. A cidade tem mais de dois mil prédios e a estimativa dos bombeiros é de que 30 a 40% apresentem irregularidades.
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– Temos muitas edificações, o que é uma preocupação até mesmo em relação a resgates – diz o capitão Deivid Vidal, comandante da 1º Companhia dos Bombeiros, responsável por Camboriú e Balneário Camboriú.
Segundo ele, os problemas se concentram em prédios construídos até o início da década de 1990. De lá para cá passou a ser exigido alvará e vistoria dos bombeiros antes da concessão de habite-se pela prefeitura, o que melhorou o controle dos sistemas de prevenção.
– Ainda há muitos a serem regularizados. A legislação é às vezes mais nova do que alguns prédios – diz o promotor de Justiça Rosan da Rocha, responsável por questões como cidadania e direitos humanos em Balneário Camboriú.
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Entre os principais problemas encontrados pelos bombeiros estão a falta de extintores de incêndio, mangueiras e sistema hidráulico, deficiência em escadas e corrimãos, sistemas de alarme que não funcionam, além de deficiências na iluminação de emergência e falta de para-raios.
Todo mês são enviadas pelos bombeiros em média 30 notificações pedindo a regularização. Em geral, a fiscalização oferece um prazo para readequação do condomínio.
– Temos recebido uma resposta positiva com essas ações. Chega a faltar mão-de-obra para regularizar os condomínios – afirma o capitão Vidal.
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