O Corpo de Bombeiros encontrou e recolheu, na última sexta (22), pertences que podem ser do poeta Marco Vasques, que desapareceu após sair para pescar em Florianópolis. Os objetos foram vistos pela primeira vez por pescadores, no final da Praia do Moçambique, próximo à Ilha das Aranhas.

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Os seguintes objetos foram achados: uma bóia circular; uma defensa; um remo; um tanque de combustível; ancos da embarcação e um colete salva vidas. Os materiais foram encaminhados à Polícia Civil.

Os bombeiros informaram que irão fazer buscas subaquáticas na região da Praia do Moçambique assim que as condições do mar forem seguras. As equipe seguem monitorando o tempo.

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Marco Vasques está desaparecido desde 9 de dezembro. Ele teria saído da Marina da Fortaleza da Barra e ido pescar sozinho na Ilha do Xavier, localizada a cerca de quatro quilômetros da costa de Florianópolis.

Pescadores já haviam avistado supostos pertences do poeta na noite da última terça-feira (19), na Praia do Moçambique. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) esteve na região na manhã de quarta-feira (20), mas não encontrou nada.

Quem é Marco Vasques, poeta desaparecido em Florianópolis

Com forte atuação na política cultural de Florianópolis e de Santa Catarina, Marco Vasques é amplamente reconhecido pelo trabalho como escritor, poeta e crítico teatral e literário. Além do bacharelado em filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Vasques é mestre e doutor em teatro pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Apesar de ter nascido em Estância Velha (RS), se mudou para terras catarinenses com apenas dois anos de idade e passou boa parte da infância em Imbituba, no Litoral Sul do Estado. Por lá, cresceu no sítio do avô materno, agricultor e pescador. O pai morreu em um acidente de carro quando ele tinha um ano. A mãe, que não havia frequentado a escola e nem sido alfabetizada, passou a ser a única responsável pelo sustento e educação dos quatro filhos pequenos.

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Antes de Florianópolis, o escritor passou ainda por Joinville, onde vendia picolés e tapetes costurados pela mãe com retalhos descartados pela indústria têxtil, aos dez anos de idade. Teve ainda diversos empregos ao longo do período, como balconista de uma lanchonete e operário em fábricas.

Aos 28 anos, publicou seu primeiro livro, “Cão no Claustro”, quando passou a viver da literatura.

Representante da cadeira de Teatro no Conselho Estadual de Cultura, órgão da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o poeta já foi colaborador de jornais da NSC, como A Notícia e o Diário Catarinense.

Ao lado de Rubens da Cunha, ele também é editor do Caixa de Pont[o] – jornal brasileiro de teatro, além de ter sido membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais e ter presidido o Fórum Setorial Permanente de Teatro da cidade de Florianópolis.

O pescador tem ainda mais de 20 livros publicados, como “Elegias Urbanas”, “Anatomia da Pedra & Tsunamis”, “Valdir Rocha – O Construtor de Enigmas” e “A Artesania Tipográfica de Cleber Teixeira”.

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