O relógio marcava 10h56min quando o telefone da central de atendimento do Corpo de Bombeiros Voluntários de Guaramirim, no Norte do Estado, tocou com um chamado de emergência. Uma criança de apenas 1 ano havia acabado de se afogar dentro de um lago e, embora estivesse respirando, tinha fortes sinais de sonolência.
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Wilian Arthur Ribeiro Venera, o bombeiro que recebeu o chamado, entendeu imediatamente que precisava se concentrar. Primeiro, porque do outro lado da linha ouvia uma pessoa bastante nervosa e preocupada com o estado de saúde do bebê. Segundo, porque o atendimento tem uma série de etapas e envolve muita tensão.
– De início já peguei o endereço e pedi se a criança estava respirando. Tive uma resposta positiva, então pedi para ela permanecer na linha enquanto acionava o toque de guarnição [sinal para a equipe deslocar para um salvamento] – lembra.
Enquanto a viatura se deslocava, o bombeiro conseguiu a localização exata do pedido de socorro e, por ser longe do quartel, se manteve na linha, em contato com a pessoa que havia acionado o socorro.
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– Fui conversando com a solicitante e fazendo algumas perguntas, como, se [a criança] estava espumando pela boca, quanto tempo ficou submersa e se ainda estava respirando, para tentar identificar o grau aproximado do afogamento, mesmo por telefone.
Outro pedido feito pelo bombeiro foi para que colocassem a criança deitada de lado, com a lateral direita para baixo (decúbito lateral direito), para aliviar o pulmão do lado esquerdo. Todo o procedimento orientado por telefone auxilia até a chegada de uma equipe capacitada ao local do socorro.
– A sensação [na hora do atendimento] é difícil de descrever. É um atendimento bastante tenso, pois tem que colher informações, pegar endereço, acalmar e passar o procedimento. Então é importante ficar calmo para não perder o controle da ocorrência, mas também é muito bom saber que deu tudo certo – relata.
Apesar da apreensão sofrida durante o atendimento, e já sentida por Wilian em outro atendimento, o alívio posterior é gratificante:
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– Sensação de missão cumprida. Fico muito feliz de ver o trabalho em equipe [ao se referir também a agilidade da equipe que se deslocou], já que todos estamos por um objetivo que é ajudar o próximo.
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