“Eu faria qualquer coisa para que sua morte não passasse de um terrível pesadelo”. A frase nas redes sociais de Mari Oliveira traduz o sentimento da mulher que perdeu o esposo bombeiro em um acidente de trabalho na última quinta-feira (3). Adriano Luis Coelho tinha 41 anos e sofreu uma queda de 15 metros enquanto prestava serviço na empresa de calhas que era proprietário.
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Mari teve um casamento de sete anos com o socorrista voluntário e, fruto da união, nasceu Matheus, de 4 anos. Antes de se conhecerem, a mulher já tinha Rafael, de 13, a quem Adriano tratava com a mesma dedicação e carinho. O mais velho, segundo a mãe, está muito abalado e nem comenta sobre o assunto. Já o menor ainda espera pela pai no portão.
— Mateus esperava todos os dias o Adriano para tomar banho. Eu falava: “Mateus, vamos tomar banho” e ele dizia: “não, vou toma banho com papai”.Ele fala pra não fechar o portão que o papai vai chegar. O Adriano como pai sempre foi amoroso, preocupado com o bem-estar dos meninos — destaca Mari.

Mari conta que o socorrista alternava a rotina entre os plantões no Corpo de Bombeiros e serviços na empresa de calhas, mas a esposa diz que a dedicação à família sempre era prioridade. Todos os dias, antes dele ir trabalhar, conta que costumavam levar os filhos na escola e tomar café juntos.
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No dia em que ocorreu o acidente não foi diferente. O homem despediu-se, como fazia todos os dias, disse que amava a família e saiu de casa por volta das 8h30min daquela quinta-feira.
— Quando ele saiu de casa, eu fiquei meio angustiada. Ele me respeitava, era o meu norte. Foram sete anos [de casamento], mas que valeram uma vida — pontua.
O acidente
Mari diz que foi avisada sobre o acidente com o marido por um colega bombeiro, que ouviu mora perto do local do acidente e ouviu o barulho da queda. Ele estava em um galpão na Rua Avenida Edmundo Doubrawa e havia acabado de finalizar a reforma quando, ao desprender o cinto de segurança para recolher os últimos entulhos, sofreu a queda de 15 metros.
Após a queda, ele chegou a ser socorrido pelo helicóptero Águia da Polícia Militar e foi encaminhado ao Hospital São José, mas não sofreu quatro paradas cardíacas e não resistiu. A esposa ainda diz que, no mesmo local, inclusive, outro colega já havia se acidentado, em dezembro do ano passado.
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Atualmente, Adriano era motorista do caminhão dos Bombeiros, instituição que é voluntário há 20 anos. Ele deixa a esposa e dois filhos.
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