Uma vida dedicada a servir. Desde que se alistou ao serviço obrigatório, em 2003, o blumenauense seguiu na carreira militar. Depois de seis anos de trabalho no Exército, Renan Ceccato migrou para o Corpo de Bombeiros. A atuação junto dos resgatistas no atendimento às vítimas dos deslizamentos que atingiram Blumenau e o Vale do Itajaí em novembro de 2008 foram preponderantes para a mudança, ocorrida em 2009.

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Como tenente no 3º Batalhão dos Bombeiros Militar, foi comandante da força-tarefa que é montada para atuar durante desastres naturais. Por conta disso, Ceccato foi um dos bombeiros catarinenses convocados para auxiliar no trabalho de apoio em Brumadinho, após o rompimento da barragem de rejeitos, em janeiro.

IDADE: 35 anos

PROFISSÃO: Bombeiro militar

CIDADE: Blumenau

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Como foi o trabalho?

Foram seis dias de trabalho ininterruptamente. Iniciávamos as atividades às 6h30min até o final do dia, com o pôr do sol, em torno de 19h. Retornávamos para a nossa base, onde a gente acabava tendo que fazer feedback, manutenção nos materiais, indo dormir em torno de 23h, às vezes meia-noite. Foi uma rotina desgastante.

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(Foto: Corpo de Bombeiros de SC, Divulgação)

Qual momento mais impactou?

Foram os momentos que a gente se deparava com as vítimas, que a gente acabava recuperando. Inevitavelmente causa um abalo, e você percebe que assim como aquela vítima havia mais centenas ainda por recuperar. Esse impacto de você lidar com recuperação de corpos acaba causando esse desgaste emocional, por mais profissional que você seja, ou adaptado a essa situação, você não se acostuma com isso. A nossa missão maior é fazer o salvamento, a busca, o resgate de pessoas vivas.

Assista ao vídeo com imagens dos bombeiros de SC em ação:

A volta para casa

É uma satisfação, sentimento de missão cumprida, de ter colaborado para outras famílias, sabendo que a sua própria família oferece esse apoio, essa carga emocional. Você acaba tendo esse sentimento de colaboração.

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(Foto: Patrick Rodrigues)

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