Ao menos 54 civis, sendo 15 crianças, morreram nas últimas 24 horas em bombardeios russos sobre zonas controladas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nas regiões norte e leste da Síria, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Continua depois da publicidade
De acordo com o balanço da ONG, 29 civis, incluindo três crianças e nove mulheres, morreram em bombardeios contra vilarejos sob controle do EI na província de Deir Ezor (leste) e contra um bairro da cidade de mesmo nome.
“Os bombardeios também deixaram dezenas de feridos”, afirmou a ONG.
Além disso, 15 civis, entre eles cinco irmãos menores de idade, morreram em ataques da aviação russa contra a localidade de Al-Bab, reduto do EI na província de Aleppo (norte), e seus arredores.
Al-Bab, 30 km ao sul da fronteira turca, caiu nas mãos dos rebeldes em julho de 2012 e sob o controle do EI em novembro de 2013.
Continua depois da publicidade
O exército do regime sírio, apoiado pela Rússia, está a 8 km de Al-Bab, um dos principais redutos da organização extremista na província, segundo o OSDH. Nunca havia chegado tão perto da localidade desde 2012.
No centro do país, dez civis, entre eles sete crianças, morreram nos bombardeios russos, em sua maioria em Ghanto, uma localidade controlada por rebeldes islamitas na província de Homs.
A Rússia executa uma intensa campanha de bombardeios na Síria desde 30 de setembro em apoio ao regime do aliado Bashar al-Assad.
Os insurgentes e os países ocidentais acusam com frequência Moscou de atacar grupos não jihadistas e de provocar vítimas civis.
Continua depois da publicidade
Os bombardeios russos provocaram mais de 3.000 mortes, quase 40% de civis, de acordo com um balanço do OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.
A ONG afirma que consegue distinguir os bombardeios da aviação do regime, dos executados pela coalizão antijihadista internacional ou pela Rússia com base no tipo de avião ou munição utilizados.
* AFP