Ao menos duas pessoas morreram em um bombardeio das Forças Armadas efetuado na terça-feira contra um acampamento da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na costa do Pacífico colombiana, onde se encontrou um carregamento de droga, informou uma fonte oficial esta sexta-feira.
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– Depois do bombardeio encontramos dois cadáveres no acampamento, mas é factível que possa haver mais gente enterrada por efeito das bombas -, explicou à AFP Rodolfo Amaya, comandante da Força Naval do Pacífico da Armada.
A Armada acredita que este acampamento, da companhia Ever Ortega da Frente 57 das Farc, estava ocupado por 16 pessoas no momento do bombardeio.
O ataque foi divulgado um dia depois que o governo e as Farc, a guerrilha mais antiga do continente, lançaram oficialmente em Oslo uma nova tentativa de um processo de paz.
Sete fuzis, um lança-granadas, 16 granadas, material explosivo e 120 quilos de cocaína e maconha foram encontrados depois no local, situado no setor Cabo Marzo, perto da fronteira com o Panamá.
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– Esta descoberta demonstra plenamente a relação direta e perversa que as Farc mantêm com o narcotráfico -, ressaltou Amaya. – As Farc não só usam o local para levar droga para o Panamá, como cobram de outras organizações por seu trânsito de estorpecentes.
O governo da Colômbia acusa os rebeldes de cultivar folha de coca em territórios sob sua influência, de processar a droga em laboratórios e de fazer alianças com grupos criminosos colombianos e cartéis mexicanos para sua exploração.
A guerrilha assegura que cobra unicamente impostos de quem tira a folha de coca das áreas onde está presente.
A problemática das drogas ilegais é um dos pontos do processo de paz que a guerrilha e o governo vão começar a negociar em novembro em Cuba e que se desenvolverá sem que se decrete um fim das hostilidades no terreno.
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