Um ataque aéreo dos Estados Unidos contra um campo de treinamento jihadista na Líbia matou dezenas de pessoas nesta sexta-feira, entre as quais provavelmente um líder do grupo Estado Islâmico (EI). As informações foram divulgadas por fontes líbias e americanas.
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Segundo um funcionário americano de Defesa, o bombardeio matou “provavelmente” um responsável do EI vinculado a dois ataques jihadistas na Tunísia em 2015.
– Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo cedo nesta manhã contra um campo de treinamento do Estado Islâmico perto de Sabrata, Líbia, que provavelmente matou o responsável do grupo Noureddine Chouchanne – disse.
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A casa bombardeada ao amanhecer, na localidade de Sabrata, a 70 quilômetros a oeste de Trípoli, ficou completamente destruída, relatou um responsável local líbio, Hussein al Dawadi.
– O ataque deixou 41 mortos. Todas as vítimas estavam no interior da casa – acrescentou.
De acordo com ele, a ação também deixou seis feridos.
– A maioria dos mortos era formada por tunisianos, provavelmente membros do EI – mencionou a fonte.
– O ataque foi muito preciso, só atingiu a casa – completou um responsável do governo paralelo instalado em Trípoli.
A Líbia conta com dois governos e Parlamentos, um reconhecido pela comunidade internacional, em Tobruk, e outro na capital do país.
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O edifício atingido tinha dois andares, e é provável que no momento do ataque estivesse ocorrendo uma reunião de supostos membros do EI, informou um integrante do conselho militar de Sabrata, que pediu anonimato.
Segundo Dawadi, um dos feridos interrogados pelas forças de segurança “contou ter ido ao local com outras pessoas para treinar combate e que o grupo que os levou a Sabrata vendou seus olhos durante todo o trajeto”.
A cidade é controlada pela coalizão de milícias de Fajr Libya, que se apoderou em agosto de 2014 de Trípoli e de outras regiões, obrigando as autoridades reconhecidas pela comunidade internacional a se exilar no leste do país.
O Estado Islâmico se arraigou na Líbia, aproveitando o caos no qual está afundada desde que uma revolta expulsou do poder, em 2011, o ditador Muanmar Kadhafi.
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* AFP