Está programada para detonar na segunda-feira. Quem não correr, vai explodir e ficar fora da Série B do Brasileiro. Acontece que 20 clubes assinaram a polêmica carta da CBF, que delega totais poderes à entidade para determinar qualquer coisa sobre a competição. Os oito clubes que não retornaram o ameaçador fax, correm sério risco de ficar de fora do torneio. A CBF está propensa a tocar a Série B somente com os 20 clubes que não se rebelaram. Ficam na corda bamba, de Santa Catarina: Avaí, Joinville e Criciúma. A informação chega de dentro da própria CBF. A semana No início da semana, o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim Peixoto Filho, esteve no Rio de Janeiro ciceroneando alguns presidentes de clubes da Série B. O objetivo era dar uma pressionada na CBF tentando fazer com que a entidade levasse a Série B até o fim do ano. Em recursos financeiros já nem se fala. Tentam os clubes diminuir o prejuízo jogando 26 partidas e, não, apenas 13. Como se vê, a missão, além de ingrata, resultou em esforço quase inútil. Mas vale a pena esperar. A pressão Tudo indicava que Delfim estava engrossando o bloco de clubes que tentam pressionar a CBF para alcançar o objetivo final. Na quarta-feira, Delfim e Mauro Bartholi, do Joinville, se encontraram em Camboriú e uma guinada vertiginosa mudou o rumo da opinião. Delfim passou a dizer que não aceita a pressão dos clubes catarinenses e que nada vai mudar. Agora, entendemos o porquê. O que mudou? Defender os interesses dos clubes filiados é o mínimo que um presidente de federação deve fazer, ainda que isto lhe custe prestígio, o que não temos há muito tempo. E agora? De que lado está o Delfim? Nesta segunda-feira, os presidentes de clubes vão novamente ao Rio de Janeiro. A carta Até ontem, apenas o Figueirense havia assinado a carta de adesão enviada pela CBF para a participação na Série B. Os outros três representantes, mesmo com as ameaças que divulgamos hoje, dizem publicamente que só vão se manifestar segunda-feira no Rio. O time mais irredutível é o Avaí. Divisão O racha a que está submetido o Clube Brasil confirma-se através da tal carta de adesão imposta pela CBF. Alguns dos clubes que assinaram a carta continuam negando publicamente, mas confirmando à Confederação. Como confiar nos dirigentes? Bom filho Uma visita honrosa para o ex-jogador e hoje comentarista Flavio Roberto. Assim que chegou a Florianópolis, o ex-presidente do Grêmio, Hélio Dourado, em companhia do cônsul do clube, Carlos da Silva Bello, procurou seu ex-atleta. Vibrou ao saber que o garoto que iniciou sua vida no Grêmio, hoje é um próspero empresário em São José. Escolinha? Hélio Dourado é presidente da Comissão de Obras do Grêmio e veio conhecer de perto a escolinha que o empresário Osvaldo Koerich está montando em São José, com apoio do prefeito Dário Berger. Aliás, o prefeito não descansa enquanto não ver São José representado no Estadual.
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