Uma espécie de bomba caseira foi arremessada em ato com o pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, no centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7). O artefato cheirava a fezes, segundo o portal g1.
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De acordo com a Polícia Militar, um suspeito de arremessar a bomba foi preso. Três testemunhas acompanharam a PM na apresentação do suspeito.
A garrafa PET de 2 litros com um explosivo dentro foi jogada por cima do tapume que cercava o local do evento, realizado na praça central na Cinelândia. A bomba explodiu ao tocar o chão. Ninguém ficou ferido, mas houve princípio de tumulto.
A área de aproximadamente 5.000 metros quadrados foi cercada na praça central da cidade, localizada próximo ao palco montado. O setor tem capacidade para 7 mil pessoas que, para acessá-lo, passaram por revista manual.
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Logo após o ataque, as pessoas gritaram “fora, Bolsonaro”. Organizadores do evento pediram calma e informaram que havia segurança no local para proteger os manifestantes.
A assessoria de imprensa do ex-presidente disse que “estouraram 2 artifícios de fogos, causando barulho, jogados de fora para dentro da área do ato. Não tinham fezes, fizeram barulho, mas ninguém se feriu nem houve tumulto”. O ex-presidente Lula não estava ainda no local do ato na hora do ocorrido.
A expectativa dentro do PT é que 20 mil pessoas assistam ao discurso do ex-presidente. O excedente ficará fora da área de segurança, mais distante da estrutura montada.
A medida faz parte do planejamento da segurança de Lula durante a campanha após uma série de incidentes.
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Desde o lançamento de sua pré-candidatura, o ex-presidente tem privilegiado atos em locais com algum controle de acesso, como centro de convenções ou estacionamentos de estádios.
Em Salvador, Lula caminhou na rua na celebração do dia da Independência da Bahia, em 2 de julho, mas discursou no estacionamento do estádio da Fonte Nova.
A segurança do ex-presidente foi reforçada após o protesto de um bolsonarista durante o ato de lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin.
Ao todo, três manifestantes driblaram o esquema de segurança e entraram no salão onde ocorria o evento, restrito a convidados. Não havia detectores de metal na entrada do salão. Os cerca de 150 convidados não foram submetidos à revista.
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A abordagem do manifestante, que se aproximou Lula e Geraldo Alckmin sem que fosse detido por um segurança, provocou um alerta na cúpula petista.
Após o incidente, a necessidade de novos protocolos de segurança foi discutida com o próprio candidato.
Foi a segunda vez que a estrutura de segurança foi facilmente burlada. A primeira vez aconteceu no casamento do petista, no dia 18 de maio.
Incidentes também têm ocorrido do lado de fora dos locais de eventos.
No dia 15 de junho, apoiadores de Lula foram atingidos por um líquido de forte odor lançado por um drone que sobrevoou os arredores do Unitri (Centro Universitário do Triângulo), onde horas depois Lula se reuniria com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).
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Bolsonaristas têm feito cerco à agenda do ex-presidente. No dia 5 de maio, durante viagem a Campinas, eles cercaram o carro em que o petista deixava um condomínio onde tinha almoçado.
Sempre refratário a esquemas mais ostensivos de segurança, Lula tem sido convencido da necessidade de reforçar sua proteção em eventos públicos e restritos. Segundo petistas, sua segurança pessoal também ganhou reforço.
Para os grandes eventos, já há um rígido protocolo. O público é previamente cadastrado pelas delegações de partidos.
Chegando aos estádios e centros de convenções, os participantes são submetidos a detector de metal, passando, em seguida, por uma fila montada segundo ordem alfabética. Identificados, recebem pulseiras de acesso. Nos locais, é proibido o uso de cartazes cujos cabos podem ferir militantes.
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