A Primeira Liga está confirmada para este ano, ainda que a CBF tenha ameaçado seus participantes com sanções que incluem perdas de cotas de televisionamento por transmissões em campeonatos estaduais e até punições aos times das divisões de base.

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A garantia é do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, que não vê como a CBF possa ameaçar clubes com a representatividade dos integrantes da recém criada entidade.

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Ele confirma para terça-feira, no Rio, a reunião em que serão ajustados os detalhes finais do torneio. O Inter estreia dia 27, em casa, contra o Coritiba, e o Grêmio dia 28, em Chapecó, frente ao Avaí.

Na quinta-feira, Walter Feldman, secretário-geral da CBF, afirmou que a Primeira Liga só seria aceita se respeitasse o Estatuto das Federações e o calendário nacional.

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Conforme o dirigente, a competição não poderá ser realizada sequer em caráter amistoso, como está proposto para 2016.

– (Terça-feira) Será a reunião de organização final, para botar o time em campo, independentemente de ameaças. Não vejo como a CBF querer nos desafiar – afirma Bolzan.

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Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense, é ainda mais contundente nas críticas a CBF.

– (Feldman) Não entende de futebol. Não manda nada. E a liga vai sair, já está decidido e acabou. A CBF querendo ou não, o Marco Polo (Del Nero, presidentelicenciado) querendo ou não, a Primeira Liga vai sair – assegurou.

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Bolzan se diz preocupado com o que define como falta de sintonia da CBF em relação ao desejo de mudança do futebol brasileiro. Em sua avaliação, os clubes merecem um voto de confiança em vez de ameaças. E lamenta que a entidade não aceite abrir mão de privilégios e “se agarre cada vez mais ao poder”.

– Eles perderam a gande oportunidade de fazer diferente do que fizeram na eleição do coronel (Antonio Nunes, presidente da Federação do Pará, eleito em dezembro vice-presidente da CBF no posto de José Maria Marin).