Bolsonaro viajou para os Estados Unidos no final de 2022 para evitar prisão e acompanhar o desfecho do 8 de janeiro, aponta o relatório da Polícia Federal (PF). A ação fazia parte de um plano detalhado do político em uma tentativa de golpe de Estado que não obteve êxito. Com informações do g1

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Segundo a PF, o plano foi criado em 2021 quando Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o sistema eleitoral nos discursos proferidos no dia 7 de setembro daquele ano. 

O documento aponta que a fuga pode ter sido motivada pelo receio de prisão e pelo desejo de aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro. Bolsonaro viajou para Orlando no dia 30 de dezembro de 2022 e ficou até 30 de março de 2023. 

Veja a íntegra de documento da PF que indicia Bolsonaro por participar de plano golpista

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Para a PF, o plano de fugir “demonstra o nível de comprometimento de parte de sua base com a ruptura institucional […] A criação de uma rede de apoio militar para retirar o ex-presidente do país reflete o temor de que ele pudesse ser responsabilizado por seus atos após deixar o cargo”, diz trecho do documento. 

O relatório diz que  Jair Bolsonaro “efetivamente planejou, ajustou e elaborou um decreto que previa a ruptura institucional”. 

O relatório da PF tem mais de 800 páginas e cita fatos ocorridos no fim de 2022, que seriam relacionados a um plano de golpe para manter o ex-presidente Bolsonaro no poder, apesar de ter perdido a eleição. Além do próprio Bolsonaro, dois ex-ministros e dezenas de militares ligados ao círculo de Bolsonaro estão na lista de indiciados.

Veja algumas conversas que constam no inquérito

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