A uma semana da escolha dos novos presidentes das comissões da Câmara dos Deputados, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tenta assumir o comando do grupo responsável pelas matérias relacionadas aos direitos humanos. Depois da saída do polêmico Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que teve uma gestão repleta de atrito com o movimento gay à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Bolsonaro promete, se eleito para o cargo, uma gestão ainda mais radical.

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– Se eu virar presidente da Comissão de Direitos Humanos, as pessoas vão sentir saudades do Feliciano. Porque, comigo na presidência, não vai adiantar pressão de grupos de defesa de homossexuais dentro da comissão. E quem tem visto minha trajetória no Congresso sabe que, sozinho, eu toco um rebu contra PT, PSOL ou qualquer outro partido – afirmou o parlamentar em entrevista ao blogueiro Marcelo de Moraes, do Estado de S.Paulo.

Bolsonaro afirmou que pretende assumir a presidência da comissão para defender projetos como a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos (“Por mim, baixaria até para 14 anos, mas estaria sendo hipócrita porque sei que essa proposta não passa”, disse ele a Moraes) e até a adoção da pena de morte, que é vedada em cláusula pétrea da Constituição. Ele diz que também pretende dificultar projetos relacionados aos direitos dos homossexuais.