O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de evento de campanha com aliados catarinenses e apoiadores em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã desta terça-feira (11). Em breve discurso, ele foi aplaudido ao falar de pautas ideológicas e viu aliados pedirem uma “cruzada” contra as abstenções no segundo turno das eleições de 2022.
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— Não somos favoráveis ao aborto, não somos fomos favoráveis à legalização das drogas, somos contra a ideologia de gênero, não admitimos um banheiro unissex para as nossas crianças — disse Bolsonaro, que ganhou aplausos a cada frase.
— E como eu sempre digo: povo armado jamais será escravizado — emendou.
O encontro foi realizado em um centro de eventos local, o Expocentro Balneário Camboriú, para receber prioritariamente prefeitos catarinenses em apoio a Bolsonaro. A expectativa dos organizadores era de juntar cerca de 200 nomes — no primeiro turno, o presidente foi o mais votado em 263 de 295 cidades do Estado.
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No palco montado em um dos salões do centro de eventos, ocuparam a linha de frente junto com Bolsonaro, no entanto, nomes do Legislativo eleitos em Santa Catarina pelo PL, caso do agora senador Jorge Seif (PL), o também senador e candidato ao governo catarinense Jorginho Mello (PL) e o empresário Luciano Hang.
Os prefeitos ficaram alocados, principalmente, em cadeiras dispostas na metade frontal do salão — não foi divulgada uma lista de quais são os nomes em apoio a Bolsonaro. Já na metade mais ao fundo do salão, apoiadores do presidente puderam participar de pé do evento.
O único prefeito a ganhar maior destaque foi o de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (PL), que coordenou a campanha de Seif e viabilizou a recepção a Bolsonaro.
Oliveira foi o primeiro a discursar, por volta das 11h, quando o presidente apareceu ao público, dando especial atenção às mulheres, público entre o qual Bolsonaro tem tido menor apelo eleitoral.
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Seif foi ao microfone em seguida e adotou o mesmo tom, dando ainda destaque aos eleitores que não foram votar no primeiro turno.
— Em Santa Catarina, foram mais de 1 milhão de abstenções. Não adianta tentar converter voto de petista. Com imbecil, não se discute, o seu papel enquanto catarinense e patriota é pedir às pessoas que foram às praias, aos caminhoneiros, aos seus amigos, que façam seu papel de cidadão — disse Seif.
Jorginho discursou em seguida, puxando a vice de sua chapa, Marilisa Boehm (PL), para a frente do palco e reforçando também atenção aos que se abstiveram no último dia 2.
— Temos que fazer uma grande cruzada para chamar quem não votou. Temos que intimá-los, convidá-los a ir para urna — disse o senador, que fez maior apelo pela candidatura de Bolsonaro do que para a sua própria. No primeiro turno, o presidente fez 62,21% dos votos válidos de Santa Catarina, o que já elegeria Jorginho.
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Depois dele, foi a vez de Bolsonaro discursar. O presidente deu início à fala batendo continência a um ex-combatente pracinha presente no palco e equiparou a guerra lutada pelo homenageado à eleição atual, onde a liberdade das pessoas estaria em jogo.
Bolsonaro passou então a falar dos índices econômicos de seu governo, sobre os auxílios aprovados e a redução de impostos que incidem sobre combustíveis, além da deflação de preços.
Em seguida, ele chegou à pauta ideológica, quando atraiu maior empolgação. Ao final da fala, Bolsonaro fez breve menção aos prefeitos, defendendo repasses feitos pela União aos municípios ao longo de seu governo.
O presidente também recebeu a oração de um pastor e encerrou o evento com uma criança nos ombros. Antes de deixar o local, ele ainda foi em direção à aglomeração dos apoiadores.
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De Santa Catarina, Bolsonaro partiu em viagem ao Rio Grande do Sul, onde teria agenda semelhante com prefeitos ainda nesta terça. Ele partiu de Navegantes, onde havia pousado às 9h e a cerca de 50 minutos de carro de Balneário Camboriú.