Nas primeira horas deste domingo (1º), Jair Bolsonaro (PL) recebeu apoiadores e deu autógrafos aos partidários que foram vê-lo no condomínio em que se hospedou na região de Orlando, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos. Bolsonaro saiu do Brasil na sexta (30) e, rompendo uma tradição democrática, não passará a faixa para Lula (PT).

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Centenas de brasileiros visitaram o condomínio desde que Bolsonaro chegou ao local, na noite de sexta, onde a restrição de acesso é pequena e não há barreiras de segurança.

Agentes do serviço secreto americano cercam a casa em que Bolsonaro está hospedado, do ex-lutador de MMA José Aldo, a poucos minutos dos parques da Disney. Há também duas viaturas da polícia local, e uma tela foi colocada na área de lazer dos fundos da casa impedindo a vista da área da piscina.

O trânsito de brasileiros para ver Bolsonaro é intenso desde sábado e se ouve mais português do que inglês nas ruas do condomínio. Pela manhã, apoiadores tentaram entregar cestas de café da manhã ao ex-mandatário, que foram recusadas por assessores de Bolsonaro alegando medidas de segurança.

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Por volta das 9h deste domingo, partidários começaram a se juntar na calçada em frente à casa, e às 9h55 do horário local Bolsonaro saiu à porta. Bem humorado, fez piada com a quantidade de autógrafos que estava dando e tirou fotos individuais com seus eleitores, sem fazer comentários políticos.

Depois, deu uma volta por alguns quarteirões do condomínio com os seguranças, sem que os apoiadores pudessem acompanhar. Nem a ex-primeira-dama Michelle nem os filhos de Bolsonaro apareceram no local para falar com os apoiadores.

Segundo um assessor, Bolsonaro passou a virada do ano em casa, com a família, após receber partidários em vários momentos do sábado até por volta das 19h.

Havia a expectativa de que ele fosse a Mar-a-Lago, resort do ex-presidente americano Donald Trump em Palm Beach, a 280 quilômetros de distância, mas o ex-mandatário acabou ficando em casa.

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Apoiadores viajaram de diferentes partes dos EUA para ver Bolsonaro. Um manifestante relatou que viajou 24 horas desde Cape Cod, em Massachussetts, no nordeste do país.

A presença de um chefe de Estado brasileiro na cidade, que gira em torno dos parques da Disney, espantou americanos, que fizeram comentários bem humorados sobre a escolha de Bolsonaro para passar a virada.

*Por Thiago Amâncio