O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não tomará a vacina contra a Covid-19. Bolsonaro vinha dizendo, desde que iniciou a vacinação para a sua faixa etária — em abril deste ano —, que se vacinaria apenas quando o último brasileiro recebesse o imunizante. 

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A “promessa”, no entanto, foi quebrada, mesmo com o avanço da vacinação tendo feito despencar os números referentes ao coronavírus no país. A decisão foi repassada em entrevista à Jovem Pan, na noite desta terça-feira (12).

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— Decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para que vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí — disse Bolsonaro.

O presidente é acusado de ter ignorado ofertas de algumas vacinas, como a da Pfizer, e de ter debochado de outras, como a CoronaVac. Bolsonaro disse ainda, durante a entrevista, que existe uma exigência de compra de vacina impulsionada pelas empresas.

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— Essa ‘sanha’ de comprar vacina. Não sou contra a vacina tanto que só em dezembro do ano passado assinei uma medida provoisória de R$ 20 bi para comprar a vacina e hoje em dia praticamente todo mundo já tomou pelo menos a primeira dose. Agora, exigir a vacina, parece que cheira o mercado isso daí. Para mim, liberdade acima de tudo. Se o cidadão não quer tomar a vacina é um direito dele e ponto final — afirmou.

O presidente é um dos poucos líderes mundiais que se recusou a tomar o imunizante. Durante uma viagem a São Paulo, o chefe do executivo criticou a exigência do comprovante de vacinação para ir ao jogo do Santos, o qual foi barrado.

Covid no Brasil

O Brasil bateu a marca de 600 mil mortos em decorrência da Covid-19, na última sexta-feira (8). Em uma conversa com apoiadores, no mesmo dia, o presidente foi questionado sobre a situação. 

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– Qual país não morreu gente? Qual país não morreu gente? Qual país não morreu gente? Responda! Olha, não vim me aborrecer aqui, por favor – respondeu ele. 

*Sob supervisão de Augusto Ittner

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