O presidente Jair Bolsonaro disse não ter cometido "nenhum erro grave" durante os quase seis meses em que está no cargo. A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

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O presidente foi questionado sobre seu maior acerto e erro desde que assumiu o governo. Um dia depois de ter demitido o ministro Carlos Alberto Santos Cruz da Secretaria de Governo, ele destacou a equipe ministerial como sua maior virtude.

Ele disse que o cargo faz com que ele leve "pancada atrás de pancada" e que tem criptonita em sua cadeira. O presidente disse que continua usando WhatsApp para se comunicar e, questionado sobre se teme ser criticado caso vazem suas mensagens, disse estar "se controlando" para evitar piadas.

— Perdemos o direito de fazer piadas, não pode chamar cearense de cabeçudo, gaúcho de super macho, goiano de dupla sertaneja. Tudo vira um super escândalo — relatou.

O presidente disse ainda que não está preocupado com sua imagem para 2022, quando serão realizadas novas eleições presidenciais, e negou ser populista ao ser comparado com líderes da direita na Europa.

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Questionado sobre a interferência do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), um de seus filhos, no governo, o presidente disse que há dois meses ele está afastado de suas contas das redes sociais.

— Há 2 meses que não tem interferência dele nas redes sociais. Carlos é conhecido como "pitbull" da família — disse Bolsonaro.

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Bolsonaro reconheceu que "tem uma atenção especial" pelo filho e que costuma ouvi-lo, mas ponderou que nem sempre acata suas opiniões. Ele disse que o vereador "às vezes exagera", mas que "está contido neste ímpeto".