O presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou luto ofical de um dia após a morte do escritor Olavo de Carvalho. Conhecido como guru do bolsonarismo, ele morreu na noite desta segunda-feira (24), aos 74 anos, nos Estados Unidos.
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A ação foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União. Nas redes sociais, Bolsonaro também publicou uma homenagem à Olavo.
“Nos deixa hoje um dos maiores pensadores da história do nosso país, o filósofo e professor Olavo Luiz Pimentel de Carvalho. Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros”, escreveu.
Além disso, por meio de nota assinada pela Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) e a Secretaria de Cultura, o governo federal lamentou a morte do escritor a quem chamou de “intransigente defensor da liberdade”.
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Na lei, não há nenhum parâmetro sobre quais figuras devem ou não receber luto oficial no país. O decreto que versa sobre o tema diz que o governo poderá decretar luto “no caso de falecimento de autoridades civis ou militares”, até três dias.
Esta é a segunda vez que Bolsonaro decretou luto em seu governo. Em junho do ano passado, o fez por três dias, quando faleceu o ex-vice-presidente da República, Marco Maciel.
Mesmo durante a pandemia da Covid-19, que até o momento deixou 620 mil vítimas fatais no país, o presidente não decretou luto em homenagem aos mortos pelo vírus. O Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal) chegaram a decretar luto quando o número de mortos atingiu marcas simbólicas, como 10 mil e 100 mil falecidos. Mas o Planalto não adotou o mesmo gesto.
Olavo recebeu diagnóstico da Covid-19
Admirado por membros da ala ideológica do governo e por apoiadores do presidente, Olavo estava internado em um hospital na região de Richmond, na Vírginia (EUA). No dia 15 de janeiro, ele recebeu o diagnóstico da Covid-19, segundo administradores do grupo do Telegram que reúne os seguidores do ideólogo bolsonarista.
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A mensagem sobre o diagnóstico da doença foi compartilhada depois de Olavo ter cancelado por duas semanas consecutivas as lives que transmite para os assinantes pagos de seu curso online de filosofia.
O escritor também teve influência na escolha de ministros por Bolsonaro. No início da administração, ele foi apontado como padrinho das nomeações de Ernesto Araújo (ex-Relações Exteriores) e Ricardo Vélez (ex-Educação).
Depois de divergências com o presidente no ano passado, em dezembro, Olavo de Carvalho afirmou que votaria nele por falta de opção.
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