O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, na noite desta quinta-feira (23), sobre o caso da menina de 11 anos que, após ser vítima de um estupro, foi mandada a um abrigo, onde esteve impedida de realizar um aborto. Ela foi submetida ao procedimento na quarta (22), o que motivou críticas do mandatário da República.

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“Um bebê de SETE MESES de gestação, não se discute a forma que ele foi gerado, se está amparada ou não pela lei. É inadmissível falar em tirar a vida desse ser indefeso!”, escreveu ao abrir uma série de publicações sobre o tema no Twitter.

Ainda pelas redes sociais, Bolsonaro disse que a menina e o bebê são vítimas de uma mesma tragédia. Ele reiteirou a crítica ao aborto realizado com 29 semanas de gestação e disse que o procedimento não serviu para fazer Justiça, mas para agravar o caso.

Ele afirmou ainda que o processo todo será alvo de apuração do Ministério da Justiça e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

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“Solicitei ao MJ e ao MMFDH que apurem os abusos cometidos pelos envolvidos nesse processo que causou a morte de um bebê saudável com 7 meses de gestação, da violação do sigilo de justiça e do total desprezo pelas leis e princípios éticos, à exposição de uma menina de 11 anos”, publicou.

Em sua série de publicações, que chegou a avançar sobre o início da madrugada, o presidente ainda relembrou, em critica à imprensa, episódio em que o médico Drauzio Varella abraçou uma detenta em reportagem exibida pelo Fantástico (TV Globo) que abordava a realidade de pessoas transexuais nas prisões. Tornou-se público, depois, que a personagem havia sido condenada, entre outros crimes, por estupro de vulnerável.

Durante a repercurssão do caso, Drauzio afirmou que não questionou quais crimes haviam sido cometidos pela travesti antes de entrevistá-la e pediu desculpas à famíla de um menino que foi vítima da detenta. A TV Globo também se desculpou na ocasião.

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