Por Matheus Schuch
O governo federal decretou, no final da tarde desta sexta-feira (23), Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos nove Estados da Amazônia legal: Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Tocantins, Amapá, Mato Grosso e parte do Estado do Maranhão.
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De acordo com o decreto, o emprego das Forças Armadas durará um mês, e abrange também áreas de fronteira, terras indígenas e unidades federais de conservação ambiental, que requererem "ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais" e "levantamento e combate a focos de incêndio".
Nesta sexta-feira, o presidente fará um pronunciamento para anunciar outras medidas de combate aos focos de incêndio na floresta amazônica.
Mais cedo, o presidente da República Jair Bolsonaro se queixou da falta de recursos para usar as forças armadas nas ações de enfrentamento às queimadas. Em cerimônia do Dia do Soldado, dirigindo-se aos militares, o mandatário afirmou que é "árdua a missão de desenvolver e defender a Amazônia".
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— Muito mais difícil foi a missão dos nossos antepassados de conquistá-la e mantê-la —declarou.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de GLO ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública. Nessas ações, as Forças Armadas agem por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições.
A crise das queimadas provocou reação de líderes globais, como o presidente francês Emmanuel Macron, que disse que Bolsonaro "mentiu" e colocou em risco a assinatura francesa no acordo entre o Mercosul e a União Europeia.