Marcado para esta terça-feira (10), com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um desfile de veículos blindados vai ocorrer nas proximidades do Palácio do Planalto. A demonstração das forças armadas brasileiras acontece no mesmo dia em que será analisada a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, no plenário da Câmara dos Deputados.

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A ação foi encarada por críticos de Bolsonaro como mais uma tentativa de intimidação. Isso porque há uma previsão de derrota do governo na votação que delibera sobre a legitimidade e a segurança das urnas eletrônicas.

Para aprovar a proposta, o governo precisa de 308 votos, no mínimo, entre os 513 deputados. O texto precisa ser aprovado em dois turnos para ser enviado ao Senado.

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Ameaças à democracia

A realização do evento no mesmo dia da apreciação da proposta chegou a ser classificada como uma ameaça pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ):

– Vamos derrotar Bolsonaro mais uma vez, para lembrá-lo que o poder emana do povo e não das armas – escreveu o parlamentar em suas redes sociais.

Realizada anualmente desde 1998, a demonstração dos equipamentos de guerra do país nunca antes ocorreu no Centro de Brasília.

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Outros deputados também reagiram ao anúncio do desfile em tom de crítica. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM) chegou a publicar que se o ato for uma tentativa de intimidação “o governo aprenderá uma lição”.

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Desfile das forças armadas

O comboio, segundo a Marinha do Brasil, partiu do Rio de Janeiro e vai passar pela capital federal, a caminho do Campo de Instrução de Formosa (CIF). 

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Chamado de Operação Formosa, o evento é o maior treinamento militar da Marinha no Planalto Central. Este ano, ele contará também com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira. Serão mais de 2,5 mil militares das três Forças.

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