As eleições ao governo de Santa Catarina, agora com Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT) no segundo turno, já repetem em partidos a corrida presidencial, mas, ao menos no primeiro turno, não conseguiram colar de fato os candidatos catarinenses nas abas de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Houve casos de cidades bolsonaristas com vitória do nome estadual petista e também de triunfos da direita em solo lulista.

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Dos 263 municípios em que Bolsonaro venceu Lula na corrida presidencial, Jorginho também foi o mais votado na disputa ao governo estadual em 189 deles. O candidato catarinense do PL se colocou como o autêntico representante do presidente no Estado, mas, ainda assim, viu outros nomes também surfarem na onda bolsonarista.

O principal deles foi Carlos Moisés (Republicanos), que venceu em 51 cidades de maioria bolsonarista. O atual governador rompeu com Bolsonaro ao longo de seu mandato, após ambos terem sido eleitos pelo mesmo PSL, mas, ainda assim, evitou críticas diretas ao presidente nesse período e ainda fez acenos durante a campanha.

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Já Esperidião Amin (PP), da base bolsonarista no Senado, e Gean Loureiro (União Brasil) triunfaram em quatro e três cidades pró-Bolsonaro, respectivamente.

Até Décio Lima, que encabeçou a oposição a Bolsonaro em Santa Catarina, se deu bem em solo bolsonarista, com vitórias em 15 cidades pró-presidente. Ele ainda dividiu a liderança da votação com Moisés em Barra Bonita, município no Extremo-Oeste e também com maioria de eleitores favoráveis ao atual presidente.

Jorginho conseguiu compensar parte das derrotas em solo bolsonarista com vitórias em quatro cidades que haviam tido maioria lulista. Moisés venceu em outros quatro dos 32 municípios pró-Lula em Santa Catarina, incluindo Entre Rios, no Oeste, onde o presidenciável do PT teve seu maior percentual de votos no Estado. Já Décio conseguiu emplacar sua candidatura em 24 cidades que deram maior parte dos votos para Lula.

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