Os mercados europeus vivem mais um dia de pânico nesta sexta-feira. Depois de uma quinta-feira de comparativa tranqüilidade, as bolsas do continente voltam a despencar, em um dos piores dias desde o início da turbulência provocada pela instabilidade da economia dos Estados Unidos.
Continua depois da publicidade
Por volta das 7h (horário de Brasília), a bolsa de Londres recuava 7,41%. Em Paris, o CAC 40 perdia 8,40%; na Alemanha, o DAX caía 9,04%. Já o indicador espanhol Ibex recuava 7,44%.
Os mercados acompanham as perdas registradas na véspera pela Bolsa de Nova York. Depois de apresentar perdas moderadas ao longo do dia, o Índice Dow Jones – principal indicador do mercado de Nova York – intensificou sua queda no final do dia e desmoronou 7,33%, a 8.579 pontos, em meio aos números negativos de algumas das maiores empresas do país e de temores que o corte coordenado de juros das principais economias mundiais possa não ser ser suficiente para impedir uma recessão global.
– É uma completa perda de confiança – disse o gerente geral da Fulbright Securities em Hong Kong, Francis Lun.
– Acho que o mercado ainda está procurando pelo fundo do poço, procurando suporte, e o fundo não virá até que os investidores estejam convencidos de que a estabilidade voltou aos mercados financeiros. Nesse momento, na Europa e nos Estados Unidos os mercados financeiros estão em turbulência.
Continua depois da publicidade
Contaminadas pela crise financeira global, as bolsas asiáticas encerraram a última sessão da semana em forte queda. Ao longo do dia, o mercado da Ásia viveu momentos assustadores.
Em Tóquio, o índice Nikkei chegou a recuar 11,38%, ameaçando romper a barreira negativa dos 8 mil pontos, cerca de meia hora após o início do pregão. Na metade do dia, o indicador mostrou pouca recuperação e registrava perdas de 9,42%. Acabou fechando no vermelho de 9,62%, seu pior desempenho desde 28 de maio de 2003.
Entenda a crise financeira: