As Bolsas da China voltaram a fechar em forte baixa nesta segunda-feira, pelo segundo pregão consecutivo. Após cair 4,5% na última sexta-feira (dia 8), o índice Xangai Composto perdeu 5,2% e encerrou a 2.470,07 pontos, no pior fechamento desde dezembro de 2006. Já o Shenzhen Composto perdeu 6,6% e terminou a 698,37 pontos.
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A perspectiva de maus resultados das corporações após os Jogos Olímpicos em Pequim estimulou a venda de ações. De acordo com analistas, a economia da China irá sofrer uma desaceleração temporária no terceiro trimestre deste ano por conta das restrições do governo para a produção e o transporte industrial, como forma de conter a poluição na capital durante a realização da Olimpíada.
Também pesou no sentimento do investidor o anúncio do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de julho, que ficou em 10%, o que elevou as preocupações sobre a inflação no país.
Assim como no pregão anterior, a queda foi liderada pelas companhias de consumo com sede em Pequim. Entre os maiores declínios do dia, Beijing Yanjing Brewery atingiu a baixa limite diária de 10%, assim como Beijing Jingxi Tourism Development e a empresa de leasing (arrendamento mercantil) imobiliário China World Trade Center. Entre as aéreas, Air China perdeu o máximo diário de 10% pela segunda sessão seguida, enquanto China Southern Airlines caiu 9,9%.
Yuan
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O fortalecimento do dólar nos mercados internacionais fez a moeda chinesa se desvalorizar em relação à divisa americana. No mercado de balcão, às 4h30 (de Brasília), a cotação o dólar era de 6,8627 yuans, de 6,8588 do fechamento de sexta-feira yuans.
PPI
Os preços ao produtor da China subiram no seu mais rápido ritmo em 12 anos no mês passado e, embora seja improvável que alimente os preços ao consumidor no curto prazo, o dado acrescentará ao governo preocupações sobre as expectativas inflacionárias.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 10% em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas. O aumento ficou acima da alta de 8,8% em junho e representou o 12º mês consecutivo de aceleração.
A alta nos preços ao produtor no mês passado, a maior desde 1996, foi resultado das elevações nos preços globais das matérias-primas (commodities) e dos combustíveis, disse o governo chinês, em comunicado.
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As altas nos preços da energia ao produtor continuarão forçando a China a manter apertada sua política monetária, apesar de Pequim ter começado a aliviar levemente os controles ao crédito e ampliar o seu suporte fiscal para alguns setores industriais, uma vez que o país procura impulsionar o crescimento em meio à desaceleração global, disseram economistas.