A Bolsa brasileira abriu em forte queda e atingiu o limite de 10% de baixa logo no começo do pregão desta segunda-feira (16), mostrando que a forte volatilidade deve persistir nos mercados financeiros. Esse é o quinto circuit breaker desde a segunda passada (9).
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A Bolsa cai 12,52%, a cerca de 72 mil pontos.
O motivo do tombo desta segunda foi a decisão do Fed (banco central americano) de cortar ainda no domingo (15) a taxa de juros do país para perto de zero, nesta que foi a segunda decisão extraordinária causada pelo coronavírus. O calendário do Fed prevê reunião nesta semana.
O mercado leu a medida como um indicativo de que a economia do país deve tombar por causa do coronavírus, temor que tem se disseminado pelo mundo.
Na China, dados consolidados de janeiro e fevereiro mostraram queda de 20% nas vendas do comércio, de 25% nos investimentos e de 13,5% na produção industrial. O país paralisou suas fábricas e comércio por causa da doença ao longo de fevereiro. Além disso, encontrou dificuldades de retomar a produção após a redução dos bloqueios.
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O dólar abriu em alta, beirou os R$ 5, mas desacelerou para R$ 4,90. Os juros futuros de longo prazo voltam a subir, e o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) avança mais de 10% nesta manhã.
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"O mercado local continua refém da retórica vivida no cenário internacional, na falta de notícias da mesma relevância no âmbito doméstico. Tanto o Tesouro quanto o Banco Central já se comprometeram a tomarem medidas de forma a amenizar o pânico nos mercados de títulos e de câmbio, mas a turbulência é certa na falta de mudanças na maneira que o mercado inicia a semana", escreveu a corretora Guide em relatório.