O cantor Bob Dylan mostrará a partir da semana que vem, na galeria de arte de Halcyon, em Londres, uma faceta distinta, embora não totalmente nova, de sua personalidade: a de pintor.
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O processo que levou até a exposição começou há quase 20 anos, quando o músico americano foi contatado pela editora Random House, que tinha visto alguns de seus desenhos e lhe perguntou se queria fazer com eles um livro com o material que tivesse à mão.
O livro resultante, publicado em 1994 sob o título de Drawn Blank, reunia uma série de imagens executadas durante suas excursões, ou com mais calma, nos estúdios de gravação.
– Tento viver da maneira mais simples possível, e desenhava qualquer coisa que me ocorresse. A idéia era fazê-lo sem nenhum tipo de afetação ou auto-referência. Queria oferecer uma espécie de panorâmica do mundo como o tinha diante de meus olhos – explica Dylan, em entrevista publicada hoje pelo jornal The Times.
O artista afirma que gostaria que a resposta do público à sua obra fosse “emocional e instintiva”, e que não se buscasse interpretações profundas.
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– Pretendo deleitar o espectador. Não se deve buscar nada mais profundo. E se, pelo contrário, causar repulsa à vista, também está bom – afirmou.