O boato de que uma cratera havia se formado na ponte da BR-470, entre Apiúna e Ibirama, no Vale do Itajaí, começou a circular nas redes sociais na noite de quarta-feira (14) e mobilizou equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e DNIT. Chegando ao local, porém, as autoridades encontraram apenas um buraco.
Continua depois da publicidade
> Receba todas as notícias do Vale do Itajaí pelo WhatsApp
A mensagem encaminhada com frequência nos grupos de WhatsApp era de que havia aberto uma grande rachadura na cabeceira da ponte, o que bloqueou totalmente o trânsito. Com o histórico recente de cobranças por conta dos problemas na estrutura, não demorou muito para moradores da região acreditarem no boato e demonstrarem preocupação.
Uma equipe da PRF e do DNIT decidiu, então, averiguar a história. Conforme a polícia, um buraco se formou na pista, mas os motoristas conseguiam transitar normalmente. O solavanco ao passar pela junta de dilatação está maior e por isso o DNIT deve colocar uma nova camada de asfalto nesta quinta-feira (15) para amenizar o impacto, informou a PRF.
As operações tapa-buracos ocorrem rotineiramente no trecho enquanto a licitação para revitalização da ponte não sai. O edital para a obra foi lançado, mas não houve empresa que aceitasse receber a quantia proposta pelo DNIT. O documento foi enviado a Brasília para que o governo federal reavalie o orçamento e a licitação seja lançada novamente ainda neste ano.
Continua depois da publicidade
Por enquanto, não há previsão para isso ocorrer.
O projeto inclui alargamento da ponte e consertos em toda a estrutura. Com pouco mais de 200 metros de extensão, por ela passa a produção do Oeste e Meio-Oeste do Estado em direção aos portos. Importante ligação não só para os empresários e moradores do Vale do Itajaí, a travessia precisa de atenção.
Em 2019, um desnível na cabeceira da ponte assustou moradores e condutores. Uma obra paliativa foi feita e o DNIT classificou a estrutura como risco nível 2, em uma escala que vai até 5. Isso significa que ela possui corrosão de armaduras e desgastes nas vigas de sustentação.
Por causa do tempo e da força da água do rio, o cimento está se desprendendo.
Leia também
> Atraso na duplicação da BR-470 tira empregos do Vale do Itajaí, aponta estudo da Fecomércio
> Prefeito diz que Brusque “tem histórico negativo com pontes” após cabeceira desabar
Continua depois da publicidade