O que era de conhecimento geral foi comprovado pela perícia. O fato de a boate Kiss ter a porta de emergência e de saída no mesmo local contribuiu para o incêndio que matou 241 pessoas, a maioria jovens universitários, na madrugada de 27 de janeiro, no centro de Santa Maria.

Continua depois da publicidade

Este é o primeiro resultado do exame da perícia, realizado por delegados e agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP), que examinam o Exame do Local feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), com base em perícias técnicas dos escombros da boate.

– Muito embora exista respaldo na legislação para ter as duas portas funcionando no mesmo local, as análises técnicas do laudo estão mostrando que isso dificultou a saída das pessoas durante o incêndio. Portanto, contribuiu para as mortes que lá aconteceram – relatou Sandro Meinerz, um dos delegados encarregados do caso.

Os delegados e agentes seguem analisando os laudos da perícia neste domingo. Estas informações técnicas serão utilizadas para desvendar os responsáveis pela tragédia. O inquérito policial que já conta com mais de 8 mil páginas. Ele será resumindo em um relatório que deverá ser entregue à Justiça durante a semana.

O laudos de todas as perícias entregues à polícia pelo IGP na sexta-feira somam mais de mil páginas. Marcelo Arigony, delegado regional, que está trabalhando na análise das perícias, afirmou que “pelo volume de pessoas mortas, pelo volume de fatos que acabaram se somando e causado a tragédia, eu creio que este seja um dos maiores inquéritos da polícia no Brasil”.

Continua depois da publicidade

Clique aqui

Clique aqui