A 22ª edição da feira turística BNT Mercosul, que começa nesta sexta-feira, terá 10% mais expositores do que no ano passado. Um crescimento que surpreendeu até mesmo a organização. Serão 120 estandes e 400 marcas presentes, e embora o foco esteja no turismo interno, empresas internacionais também integram o rol.
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Para Geninho Góes, organizador do evento, a alta do dólar e a aposta do turismo interno turbinaram o interesse na feira, que tem como principal produto o mercado nacional e é uma das maiores e mais importantes do país nesse formato. No ano passado, os gastos de brasileiros viajando dentro do país alcançaram a marca de R$ 308 bilhões.
São esperados 7 mil operadores, vindos de todo o Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai, para uma maratona que inclui rodadas de negócios e capacitação para vender novos destinos.
Desta vez a programação se divide entre Itajaí, Balneário Camboriú e o parque Beto Carrero World, em Penha. Entre os estreantes na feira estão o norte-americano Seaworld e o Governo da República Dominicana.
Entrevista – Geninho Goes
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Qual deve ser o foco das políticas de turismo?
O turismo movimenta comércio, serviços, 52 segmentos de uma economia. Mas é visto como atividade lúdica, e os governantes deveriam ver como atividade econômica. Não veem como negócio.
A economia vai impactar no turismo?
Vejo que vai haver uma migração. 30 milhões de brasileiros que ascenderam para a classe C voltaram para a D, mas em compensação as classes A e a B acabam elegendo outros destinos no Brasil. Teremos um número menor de turistas, mas com poder aquisitivo maior. O tipo de produto que tivermos é o tipo de turista que vamos atrair.