Depois de participar com aportes de recursos para a criação de companhias brasileiras de porte global nos últimos anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai participar também da fusão da Oi com Portugal Telecom, anunciada no início da semana. Segundo analistas do setor, no entanto, a criação da multinacional CorpCo, resultado da junção das duas companhias, sepulta o projeto de criar uma empresa de telefonia verde e amarela, com sócios majoritariamente brasileiros.
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De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o banco decidiu participar da capitalização da companhia brasileira e entrará com parte dos R$ 2 bilhões que serão disponibilizados pelos atuais controladores da companhia, a Telemar Participações e um novo acionista, o BTG Pactual. Havia dúvida sobre a entrada do banco estatal, um dos acionistas da Oi, na transação.
O montante a ser levantado no lançamento de ações fica entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Ao todo, o aumento de capital será de até R$ 14,1 bilhões, incluindo R$ 6,1 bilhões em ativos da Portugal Telecom.
Durante os últimos seis anos, o BNDES priorizou a concessão de empréstimos e a participação acionária em grandes grupos empresariais, para criar os chamados “campeões nacionais”, companhias brasileiras que passariam a ter porte global. Entre os planos do governo estava a criação de uma supertele verde amarela.
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