O diretor executivo da divisão de Internacional e de Comércio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Eduardo Melin, afirmou hoje que “há mais fumaça do que fogo” no caso da proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e as operações do Carrefour no Brasil.
Continua depois da publicidade
Segundo ele, o banco de fomento recebeu uma proposta normal e tinha a obrigação de analisá-la. A conclusão foi de que o negócio seria economicamente interessante e viável para todos os parceiros envolvidos.
Melin reforçou que o comitê de crédito do BNDES, que avaliou o caso, colocou precondições.
– A número um é que todas as companhias e grupos envolvidos devem estar de acordo – disse hoje, em Paris, onde participou do 2º Brazil Business Summit, organizado pela revista The Economist.
Na avaliação do diretor, essa precondição não foi bem divulgada.
Continua depois da publicidade
– A intenção não é entrar numa disputa privada.
Ele afirmou que o BNDES já vem atuando no setor varejista há muitos anos, apoiando as empresas brasileiras. Para Melin, o setor não é concentrado no país, pois existe uma “competição saudável”.
Sobre o fato de o BNDES ajudar empresas grandes, em detrimento das menores, o diretor disse:
– Não acredite no que está nos jornais – ao apontar que metade dos recursos do banco é destinada a companhias pequenas e médias.