A empresa que quiser ser fornecedora da fábrica da BMW em Araquari será submetida a um rigoroso processo de seleção, que inclui análise da qualidade de seus produtos e serviços, visitas técnicas e a garantia de que seus processos são sustentáveis. O inglês fluente também não pode faltar. Tudo para atender aos critérios estabelecidos pela montadora alemã, que quer produzir carros no Norte catarinense com o mesmo padrão de qualidade dos modelos feitos na Europa.
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Os processos e as estratégias de compra adotados pela multinacional foram apresentados na noite desta terça em evento realizado no auditório do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Araquari. Na plateia, cerca de 200 representantes de empresas da região, a maioria delas com potencial para serem fornecedoras da primeira fábrica da BMW no Brasil. Pelo menos é isso que a montadora espera.
O diretor de compras da BMW, Phillip Mauser, reafirmou que a prioridade da companhia é buscar parceiros locais. A demanda maior, neste momento, é de fornecedores para as áreas de construção, montagem, logística, carroceria e pintura. Mais para frente, haverá oportunidades para quem trabalha com tecnologia da informação, mobiliário, alimentação, segurança e outros tipos de serviços
Seleção criteriosa
Fazer parte do time de uma fabricante de automóveis de luxo não é fácil. Pelo menos 90% das nomeações de fornecedores precisam ter performance boa ou muito boa. Depois disso, a BMW avalia no mínimo três empresas para cada demanda. É uma estratégia que permite comparar bem as propostas e fazer uma negociação “saudável e justa”, segundo Mauser.
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Quem se dispor a negociar também precisa se preparar para uma única apresentação. Isso porque a BMW não costuma dar segundas chances.
-Não fazemos leilão com as empresas – afirmou Mauser.
O executivo lembrou que o Brasil ainda é uma novidade para a BMW e não descartou a possibilidade de realizar uma feira para reunir potenciais fornecedores.