A Brigada Militar prometeu aumentar o policiamento nas próximas manifestações a serem realizadas em Porto Alegre. A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira em entrevista coletiva realizada com a cúpula de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Segundo o delegado Ranolfo Vieira Júnior, chefe da Polícia Civil, vem aumentando o número de vândalos atuando nos protestos.

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– Notamos um número crescente de pessoas cometendo delitos. Ontem foram centenas – afirmou o delegado.

Sobre a dificuldade de conter a ação dos vândalos, Ranolfo explica:

– O deslocamento dos criminosos é muito dinâmico: ora estão mais à frente, depois mais atrás da marcha.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels, classificou como correta a postura da polícia já que nenhuma pesssoa ficou ferida com gravidade.

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– A BM não trabalha com tática de guerrilha. A ação da polícia foi estudada e com serviço de inteligência.

Ao todo, 65 pessoas foram detidas nas manifestações, sendo 13 autuadas em flagrante por roubo, furto qualificado e roubo a pedestre. Destas 13 pessoas detidas, que ainda estão no Presídio Central, 11 têm antecedentes criminais por delitos como estupro, roubo, tráfico de drogas, tráfico ilegal de armas. A Polícia Civil destacou que nenhum dos delinquentes presos na segunda-feira passada haviam sido detidos nas manifestações anteriores.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, garantiu que a polícia só começou a agir com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo depois que houve possibilidade real de os manifestantes se ferirem.

– As medidas tomadas foram feitas no momento em que os vândalos se tornaram agentes de risco para a integridade física dos manifestantes – explicou o coronel.

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Segundo balanço da Segurança Pública, foram depredados dois prédios públicos (a Secretaria Municipal da Juventude e o Tudo Fácil), dois prédios residenciais, nove bancos e 21 lojas. Além disso, 30 contêineres de lixo foram incendiados e três prédios tiveram focos de incêndio.