A Blumob, empresa concessionária do transporte coletivo de Blumenau, não compareceu à reunião da CPI do Transporte Coletivo marcada para esta quarta-feira (1º). Em um ofício endereçado ao vereador Carlos Wagner (PSL), presidente da comissão, a empresa pede acesso aos documentos que estão sendo analisados pelos parlamentares para que possa responder aos questionamentos da CPI.
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No documento, a Blumob também solicita um novo prazo para apresentar as respostas. A empresa sugeriu o dia 15 de setembro, em virtude dos feriados, mas os vereadores decidiram pelo encontro já na próxima quarta-feira (8). Carlos Wagner lamentou a ausência e criticou a justificativa usada pela concessionária.
— Já viu uma pessoa que está sendo julgada perguntar para o juiz quais serão as perguntas que ele irá fazer? Não. Nós fizemos 18 questionamentos, mais o problema do transporte público estar lotado e com falta de ônibus. Acho que não preciso dizer para ele o que queremos fazer — argumentou o vereador.
O parlamentar ainda questionou a falta de identificação do representante no ofício encaminhado pela empresa.
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— É até um deboche a forma como estamos sendo tratados. Eu queria falar com o cidadão, mas não sei quem é. Me mandaram um papel sem o nome de quem assinou. Isso que não é uma ‘empresinha’ de fundo de quintal, estamos falando de uma das maiores empresas de transporte público deste país — disse.

Ao fim, Carlos Wagner disse que, caso a empresa falte no próximo encontro, a comissão pode tomar medidas legais cabíveis. Embora a CPI não tenha o poder para obrigar testemunhas a depor, em caso de não comparecimento, os membros podem solicitar a presença dos convocados a uma autoridade judicial.
A próxima reunião da CPI está marcada para a próxima quarta-feira (8), às 14h, no plenário da Câmara. Procurada, a Blumob não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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A CPI
A CPI do Transporte Coletivo de Blumenau investiga possíveis irregularidades no contrato entre a prefeitura de Blumenau e a Blumob.
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Entre os questionamentos estão o descumprimento das medidas sanitárias de enfrentamento à pandemia de Covid-19, os pagamentos feitos pela prefeitura à Blumob, justificados pelo município para manter o serviço em funcionamento diante da redução da demanda, e um descumprimento de contrato da concessionária, que já deveria ter construído uma garagem para abrigar os ônibus da frota.
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