O cozinheiro Max Jaques, 30 anos, e o agente administrativo Luan Felipe dos Santos, 24 anos, foram às ruas de Blumenau defender o que consideram melhor para o Brasil. Os dois integram a manifestação na Praça Doutor Blumenau a favor da democracia e contra o impeachment e garantem que acompanharão de lá a votação que decidirá o futuro político do país.
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::: AO VIVO: acompanhe a votação do impeachment na Câmara dos Deputados
Santos considera-se opositor ao governo de Dilma Rousseff, mas contrário ao processo de impeachment:
– Sei que o governo fez coisas incríveis, mas sou crítico. O impeachment é contrário ao processo democrático brasileiro.
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Na avaliação do servidor público, as pessoas desconhecem o que estaria por trás do movimento pró-impeachment organizado pela “extrema direita”.
– Há um discurso machista e desqualificado. Desde que foi eleita, trabalham em uma agenda para tirá-la – avalia.
Jaques acredita que toda a estrutura política do Brasil deveria passar por uma reforma.
– A democracia representativa já era. O sistema de funcionamento do Estado precisa ser revisto e a Constituição Federal de 1988 está ultrapassada – critica.
Uma vida de lutas
A assistente social aposentada Maria Emília de Souza, 63 anos, orgulha-se de ter dedicado a vida a conquistas sociais, como os direitos da mulher e da comunidade LGBT. Para ela, a permanência na praça de Blumenau significa lutar para manter os direitos já adquiridos e barrar o que chama de “golpe”.
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– O país está parado em uma tentativa de impeachment. Na realidade eles querem afastar a presidente para se salvar – disse em referência a políticos investigados na Operação Lava-Jato, como por exemplo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
Para a funcionária pública Valquíria Sedrez, 59 anos, a política brasileira não deveria ser tratada como um esporte:
– Isso que está acontecendo não é uma partida de futebol. O que mais me dói é que eles não pensam que vamos perder direitos trabalhistas e humanos que lutamos muito para conquistar.