Blumenauense que teve AVC vai a competição internacional após reabilitação no paradesporto

Aos 12 anos de idade, a vida de Pedro Gabriel Pereira teve uma reviravolta depois que o garoto sofreu um Acidente Cerebral Vascular (AVC). O problema comprometeu o lado esquerdo do corpo do menino, que encontrou no paradesporto uma forma de se recuperar. A partir disso, ele começou a praticar futebol.

Hoje, com 16 anos, Pedro irá representar Blumenau em uma competição internacional. O evento deve reunir outros 900 atletas de 21 países.

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Nos Jogos Parapan-Americanos, onde estará Pedro, participam jovens com deficiência entre 12 e 20 anos de idade. Pedro foi um dos convocados para o evento em 2023, que ocorre em Bogotá, na Colômbia, de 2 a 12 de junho.

Entre as 12 modalidades disputadas, o adolescente de Blumenau irá competir no futebol 7, que é praticado por atletas com paralisia cerebral. O esporte foi um dos primeiros a ser experimentado pelo rapaz após o AVC e não demorou para conquistá-lo. É o que relata Karla Costa de Liz, diretora de paradesporto da Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Paradesporto.

— Ele iniciou com a natação, mas percebemos que o olho dele brilhava com o futebol. Nós insistimos que ele iniciasse os treinos e permanecesse na equipe regular. Já no mesmo ano percebemos que ele teve um ótimo desempenho. É um menino que realmente teve a vida transformada com o paradesporto — comenta.

Pedro também chegou a ser convocado para as Paralimpíadas Escolares que, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, é considerado o maior evento mundial para crianças com deficiência. O convite veio no mesmo período em que ele iniciou na modalidade do futebol.

Em 2023, para participar do Parapan de Jovens, o garoto de Blumenau se junta a outros 90 atletas do Brasil que já estão no centro de treinamento paralímpico de São Paulo e partem, nesta quarta-feira (31), para Bogotá.

Beatriz Zipf, diretora de paradesporto escolar, ressalta que a trajetória de Pedro representa mais uma vida transformada pela prática do esporte. Ela também parabeniza o trabalho desenvolvido pelos professores, que ajudaram o garoto a alcançar mais essa conquista.

— É o nome de Blumenau que está sendo levado para o mundo — finaliza.

*Estagiária sob supervisão de Augusto Ittner

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