O Brasil se orgulha em dizer que é o país do futebol. Mas os números garantem que esse título parece ser da Alemanha: a média de público dos jogos da Bundesliga na temporada encerrada em maio foi de 42,6 mil torcedores. No Brasil, 12,7 mil comparecem em média a cada jogo do Brasileirão.

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E a paixão alemã se reflete fora de campo: em tempos de Copa há pelo comércio e pelas ruas tantas opções em verde e amarelo como nas cores da bandeira do país. E não se pode dizer que os fãs do capitão Philipp Lahm não sejam criativos. Mais que isso: a torcida transforma o comércio em um festival de bizarrices.

Colares havaianos são o item número um: estão em todas as lojas e decoram espelhos de carros e bicicletas. Bandeiras para os veículos também. Tudo aprovado pelo departamento de trânsito.

Para ver o jogo, muito estilo: toalhas com estampas de cadeiras de estádio transformam qualquer sala em uma versão privada do Maracanã. Há pufes, cafeteiras, canecas e pratos com uma bola, a bandeira alemã ou em verde e amarelo: é só escolher.

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País do samba. Ou do zamba?

Perucas, apitos, chapéus, camisetas estão por todos os lados. Uma parafernália para customizar a casa e o guarda-roupa com produtos licenciados vendidos a preço de camelô. Na rede de mercados Rewe, cinco euros em compras dão direito a um envelope que contém um cromo com informações de cada jogador da seleção alemã: uma espécie de supertrunfo.

O curioso da promoção é o nome: Ramba Zamba. Nas rodas de brasileiros não há uma conclusão sobre a origem do nome. O provável é uma tentativa de representar a palavra samba com uma pronúncia parecida. O S na Alemanha se fala como a letra Z. E o Z, como um TS: o Zamba fica sem gingado, mas evoca uma pronúncia mais brasileira.

Saindo uma pizza de feijoada

Outra rede de supermercados, a Kaufland, foi de Ramba Samba também, mas com S. Além dos produtos disponíveis na loja – uma pizza de feijoada, anunciada como sabor exclusivo do Brasil!. E parece que os alemães se renderam ao paladar tropical. Chocolates populares têm agora versões brasileiras: e parece obrigação colocar limão em todas. A seleção de iogurtes também remete à caipirinha.

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Claro que cachaça é outro item obrigatório. Pitu é marca líder. Tão famosa que alguns alemães juram de pé junto que a receita da caipirinha é: limão, açúcar mascavo e Pitu.

Olho grudado nas seleções

Em se tratando de cuidar do visual para os jogos, os alemães bateram o recorde. Em vez de acompanhar a bola em campo, lentes de contato trazem o futebol para dentro do olho: com estampa de bola, da bandeira da Alemanha e do Brasil, por que não? Os alemães pensaram até no final da Copa.

Detergente com cheiro de goiaba e limão para lavar a louça suja depois do jogo. E pra quem perder a Copa, resta chorar. Os alemães não se lembraram de fazer lencinhos de papel exclusivos. Mas na falta deles, fica o papel higiênico de folhas triplas estampado com jogadores e bandeiras de futebol da série Olá Brazil.

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