O cantor e compositor blumenauense John Mueller se prepara para lançar no próximo dia 16 o segundo álbum solo em plataformas digitais, como Spotify, Deezer e iTunes. O disco “Na Linha Torta”, gravado no estúdio The Magic Place, em Florianópolis, conta com a direção musical de Jorge Helder e participações especiais do compositor e violonista Guinga, do pianista Cristovão Bastos, das cantoras Ana Paula da Silva e Fabi Félix e do acordeonista Bruno Moritz. Mueller conta na entrevista a seguir um pouco sobre a carreira e a produção do novo disco. Confira:
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Quando surgiu o interesse pela música?
Penso que a música nos escolhe para fazer parte dela (risos). Quando eu era adolescente, achava que seria jogador de futebol, tive até oportunidade de ir para o Vitória, da Bahia, mas, na época, meu pai ficou com medo e não me deixou ir. Nessa mesma época, eu já tocava violão nas rodinhas de amigos do futebol e cada vez mais o violão foi fazendo parte da minha vida, até que comecei a estudar num desses cursos de violão de bairro e a partir daí iniciou minha paixão pelo instrumento. Comecei a participar de festivais nos bairros com nove anos e não parei mais. Fiz aulas no Teatro Carlos Gomes e montei minha primeira banda, chamada Tribus da Lua. Fui cada vez mais me profissionalizando nesse mundo que amo demais. Até o dia em que me encontrei na MPB, gravei meu primeiro álbum solo, em 2014, intitulado “Por Um Fio”, com grandes nomes da música brasileira, e a partir daí minha carreira começou a alçar voo.
Como foi a produção do novo disco?
O segundo álbum foi de uma energia e de uma entrega muito grandes de todos os envolvidos. Trouxe o Jorge Helder para fazer a direção musical, trabalhamos junto nos nossos arranjos e está tudo lindo.
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O violonista Guinga era apenas para tocar na canção-título do álbum e depois ele resolveu cantar também. Como isso aconteceu?
Guinga sempre foi uma grande referência para mim, como compositor e violonista. Quando compus “Na Linha Torta”, faixa em que ele participa, na hora pensei nele, pois é uma música mais densa, é quase que um choro lento, segundo ele mesmo citou, e tem uma melodia dramática que combina com ele. Então levei isso para o Jorge, fizemos o convite, ele pediu para ouvir a canção e então escreveu dizendo: “Já estou com a introdução pronta. Quando gravamos?” Para minha surpresa, quando cheguei ao Rio para acompanhar a gravação do arranjo de violão do Guinga, eis que ele me pergunta: “Posso cantar também?”. Ter o Guinga tocando e dividindo o canto em uma música comigo é algo para se ter muito orgulho.
Como foi o convite para a participação da cantora Ana Paula da Silva?
A Ana sempre foi uma referência de artista na minha carreira. Sempre tive uma enorme admiração por ela e sempre segui seus passos também. Quando surgiu a ideia do novo disco e já tinha composto “Maré Rasa”, achei que seria uma alegria tê-la nessa canção. Ela se encantou com a música. O resultado ficou fantástico. Só tenho a agradecer pela generosidade dela.
O pianista Cristovão Bastos fez participação especial no teu primeiro disco e está de volta no segundo. Como foi esse contato?
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Cristovão é aquele artista que todos deveriam conhecer. Um dos grandes gênios da música brasileira, um pianista ímpar. Tenho a honra de poder chamá-lo de amigo. Então, o convite foi assim: “Cristóvão, tô te ligando pra dizer que tô gravando meu novo disco e queria saber se tu podes fazer uma participação?” O retorno dele foi: “Claro que sim, fico muito feliz em teres lembrado de mim”. Ô sorte, como diria Wilson das Neves (risos).
O que o público pode esperar no segundo disco?
Um disco colorido, com mais identidade, bem brasileiro, com muita verdade e vários climas. Um disco para todos ouvirem, mais comunicativo, para todos, de Norte a Sul.