Há 10 meses como morador de Winden, na Alemanha, o blumenauense Enrico Klug Beraldi, 16 anos, já se sente em casa. Tanto é que faz questão de ressaltar que considera a Alemanha um país irmão do nosso. O bom tratamento recebido em solo germânico foi colocado à prova (e aprovado com louvor) na tarde desta sexta-feira. Afinal, houve rodada dupla pela Copa do Mundo com as vitórias do Brasil e da Alemanha, que se enfrentarão na semifinal de terça-feira.

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Foi uma jornada incomum para o estudante da Escola Barão do Rio Branco, que conclui o intercâmbio justamente no dia da final da Copa: 13 de julho, um domingo. E ele gostou da experiência. Começou a tarde junto com a família alemã que o acolheu para assistir à vitória germânica por 1 a 0 sobre a França. E ainda teve reforços especiais para ver Brasil 2 x 1 Colômbia: seus pais e a irmã, que estavam em visita.

– Eles (alemães) se pintam e se vestem com as cores da Alemanha, mas pode se dizer que não demonstram as emoções como os brasileiros. Os mais exaltados, sim, mas as pessoas “normais” assistem ao jogo quietos, uma hora ou outra fazendo um comentário, mas nunca xingam como a gente, sempre mostram respeito para com o adversário – compara Enrico.

Sobre a certeza do confronto entre o país natal e o em que mora, o blumenauense aprova a ideia:

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– Será bem legal enfrentar a Alemanha, pois caso nós venhamos a perder, seria para um bom time, e não ficaria tão triste como ficaria para a França, por exemplo. Os alemães são muito tranquilos em relação a isso, mas como eu, eles acreditam muito na seleção deles, e não aceitam outra coisa se não o título.

Para completar, o estudante ressalta que perder para os alemães é o de menos. Não pode, mesmo, é perder para a Argentina, o que só ocorreria em uma possível final – ou disputa de terceiro lugar.