Blumenau vai seguir Estado e tornar uso de máscara facultativo em locais fechados

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), informou nesta quinta-feira (10) que seguirá a decisão do governo do Estado e vai tornar facultativo o uso de máscaras em locais fechados. Ou seja, utiliza quem quiser.

​> Acesse para receber as notícias do Santa por WhatsApp​

O novo decreto tornando a presença do item apenas uma recomendação deve sair neste sábado (12), conforme adiantou a colunista Dagmara Spautz.

Como ocorre desde o início da pandemia da Covid-19, os municípios têm autonomia para estabelecer regras sanitárias mais rígidas do que as determinadas pelo Estado. Na prática, Blumenau poderia seguir exigindo o uso da máscara em ambientes que não são abertos, mas optou por desobrigar.

Hildebrandt ressaltou nas redes sociais o número de vacinados e a baixa de casos diários.

Os números de Blumenau

O boletim da Secretaria Municipal de Promoção da Saúde, divulgado no fim da tarde desta quinta-fera (11), apontou 45 novos infectados pelo coronavírus nas últimas 24 horas. O número de pessoas com o vírus ativo era de 295, com 18 pacientes em enfermaria e outros sete em UTI. Os dados indicam 75% da população imunizada com ao menos duas doses da vacina contra a Covid-19.

O que pensam os blumenauenses

O Santa foi às ruas ouvir o que a comunidade pensa sobre a liberação do uso de máscaras em lociais fechados e não há unanimidade. Assim como alguns são favoráveis, outros ainda não se sentem seguros para isso. O exemplo mais recorrente é quanto ao transporte coletivo, com frequência lotado e onde é difícil manter o minímo de distanciamento. 

O infectologista José Amaral Elias vê com preocupação essa possível liberação. O especialista lembra que o aparente cenário de calmaria atual já foi visto em outros momentos e subitamente o quadro piorou, as unidades básicas de saúde ficaram lotadas e, em Blumenau, a prefeitura chegou a suspender por um mês as consultas eletivas. ​

— Tivemos um quadro quase semelhante a esse de agora vivido em dezembro, e em seguida teve a entrada da Ômicron que mudou tudo rapidamente. Eu esperaria um pouco mais, ainda tenho restrições quanto a liberar em ambientes fechados — afirma.