chovia há quase três horas em Blumenau quando, faltando cerca de 15 minutos para a meia-noite, a água parou de cair como se fosse um intervalo para que todos pudessem apreciar a festa no céu. As gotas coloridas que subiam em raio e desciam em cascata faziam brilhar o breu que se transformou o céu da cidade na passagem da noite do último sábado de 2016 para a madrugada do primeiro domingo de 2017.

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A chuva que começou por volta das 21h adiou a chegada dos blumenauenses à Avenida Beira-Rio, que só se intensificou por volta das 22h30min. Não havia um público específico: crianças, jovens e velhos; solitários e famílias inteiras; festeiros e mal-humorados. Alojados em barracas, guarda-chuvas ou nas marquises do entorno da prefeitura e dos prédios da região, todos queriam aproveitar a festa, fosse com chuva, calor – ou os dois.

Pouco antes das 23h a cantora blumenauense D’Lara, que participou do programa The Voice Brasil, subiu ao palco montado em frente à prefeitura para animar a festa e fazer com que a chuva perdesse a importância de vez:

– Eu sou de Blumenau e precisava cantar pro meu povo – disse ao microfone. Foi ovacionada.

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Cantora D’Lara animou a festa de Réveillon em Blumenau. Foto: Aline Camargo

Algumas músicas depois e o relógio já se aproximava das 23h30min. A Avenida Beira-Rio tomada pelo público até a Ponte do Centro demonstrava que, de alguma maneira, o fim de um calendário e o começo de outro renovavam, de alguma forma, a esperança perdida nos 366 duros dias de 2016.

Quando a meia-noite chegou os milhares de rostos se dividiam em tentar registrar na memória o brilho do céu e dos olhos das pessoas com quem dividiam aquele momento. Dez minutos depois de 2017 começar a chuva voltou a cair, desta vez para aplacar o calor abafado e refrescar os festeiros, que ainda apreciaram mais cinco minutos do foguetório que pintou o céu de várias cores, do vermelho ao dourado.

A Polícia Militar informou que não fará estimativa de público da festa e também que nenhuma ocorrência foi registrada. Foi assim que 2017 chegou em Blumenau: molhado, de mansinho, com música, festa e muita alegria.

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